Mostrando postagens com marcador setenios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador setenios. Mostrar todas as postagens

domingo, 3 de novembro de 2019

À vontade


Quem não sabe introduzir a sua vontade nas coisas, 
introduz nelas pelo menos um 'sentido': quer dizer,
 acredita que existe já ali dentro uma vontade (princípio da 'fé').
F. Nietzsche

Na abordagem do desenvolvimento humano, pelo prisma antroposófico, três âmbitos são enfatizados para que, em equilíbrio (dinâmico), sustentem a saúde do ser humano.
Pensar, sentir e querer são os aspectos que paulatinamente vamos desenvolvendo em cada um dos três primeiros setênios e, pela vida afora, vamos (ou deveríamos ir!) lapidando.
Na jornada do desenvolvimento desses três aspectos, o querer é a primeira a merecer nossa dedicação.
A vontade que pode nascer como capricho pode se tornar uma aspiração. Como conduzir esse processo?
Ali no primeiro setênio da nossa existência, em que vamos nos deparando com o mundo, estamos cheios de vontade para explorar nossos sentidos e o que nos rodeia. Somos despertados pelo movimento das nossas mãos e depois descobrimos o que podemos fazer com elas!
E não é de surpreender que a criança no primeiro setênio, no processo de aprendizagem por imitação, "julga o adulto pelo que ele é capaz de fazer, e não pelo que sabe intelectualmente.[1]"
A importância dessa fase da vida se revela por muitos motivos e por isso mesmo nos permite explorá-la em tantas direções.
No descobrimento de nossas mãos e na percepção do que o adulto faz, podemos nos deparar com o impulso da vontade despertando e nos movendo em direção ao que queremos.  
E, com tantos estímulos ao redor, naturais ou provocados, a criança nessa época se move principalmente pelo querer, pela vontade. E ela quer tudo! E isso mostra o interesse pelo mundo, pelas pessoas, pelo alimento e coisa e tal. Até que na ânsia desse querer, sem o devido limite, ela se excede e começa a perturbar o próprio desenvolvimento.
Daí a necessidade de educar o querer da criança.
A força ativa de seus membros é mobilizada pela sua vontade, e as atividades que envolvam movimentos como rasgar papéis, subir em árvores, por exemplo, são vivências educativas da vontade.
O mesmo impulso para lidar com suas atividades lúdicas demonstra a força com que enfrentará suas dificuldades no decorrer da sua existência.
Sua vontade não é consciente nesta etapa da vida e não deve ser impregnada de conceitos teóricos. E como a criança ainda não sabe avaliar o que é bom ou não para si mesma, precisa da medida de um adulto responsável para orientar seu bem estar e desenvolvimento saudável, o que pode fornecer sustentação para lidar com sua vontade futuramente.
As etapas da vida não se separam a não ser didaticamente, para que possamos compreender o desenvolvimento, porque o que foi vivido permanece na sua existência impulsionando outros gestos, outros sentimentos e outros pensamentos. Daí a importância do autodesenvolvimento, para a ampliação dessa consciência de si, para reconhecer o quê, como e para onde nossas vivências nos impulsionam e, a partir disso, não só resignificar, mas também através do exercício dessa vontade consciente, desse querer vigilante, metamorfosear o impulso e 'tomar a vida nas próprias mãos', como nos sugeriu a Gudrun Burkhard, no título de seu livro, tratando do processo biográfico.
Para quê trago esta reflexão ? Para dirigir a atenção para o mundo que queremos criar, para as relações que queremos vivenciar, para o propósito do que queremos. Sem que nossa vontade atue, não daremos o próximo passo, não nos direcionaremos para as nossas metas.
Como nos trouxe Steiner:
'Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.'
A convocação no encerramento do Verso para a época de Micael é um chamado de grande importância e, como está citado, implica numa condução da vontade, diariamente.
Para onde tem dirigido o impulso da sua vontade ?

Olivia R S Gonzalez, com vontade de colaborar com processos de desenvolvimento, atua como
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal e floral, e coordenadora do Espaço terapêutico Movimentos.



[1] Bernard Lievegoed, em Desvendando o Crescimento.

sábado, 13 de julho de 2019

Que folhas você ainda segura em seus galhos?


Há muito tempo, em um parque ecológico, um lugar muito agradável, que atraia muitas pessoas a procura de um contato com a natureza, existia uma grande árvore centenária.
Ela se lembra do dia em que a pequena árvore da mesma espécie que a sua, foi plantada. Talvez um pouco mais ou um pouco menos, certamente entre 42  a 49 anos.
Naquela tarde, tudo estava tranquilo, apenas o som dos passarinhos em revoada , quando o silêncio do parque foi preenchido por um choro compulsivo.
 Preocupada, pergunta a vizinha:
- Que acontece querida amiga?
- Minhas folhas caem incessantemente e meus galhos secaram, me sinto sem vitalidade, tenho medo de morrer, respondeu.
A árvore centenária diz do alto de sua sabedoria:
- Fique tranquila, estamos no Outono, e as folhas caem para ajudá-la a viver mais e ampliar sua criatividade.
- Como assim? Olhe para mim: Meu casco está seco e muito rugoso. Já não consigo me mover com tanta flexibilidade.
-  É importante entender e respeitar os ciclos da vida (primavera, verão, outono, inverno), comentou a árvore centenária.
- Fico triste de ver minhas folhas indo embora.
- Minha cara amiga, concordo contigo.Muitas folhas perdi e chorei solitária e silenciosamente por saber o quanto essa parte de mim me foi importante por tanto tempo. Difícil despedir. Porém,ao longo dos anos percebi que é necessário deixar ir, para sobreviver na próxima estação.
As folhas se queimariam com o frio do inverno e impediriam desta forma, a nossa respiração, o que seria nosso fim.
- Me sinto infeliz com essas mudanças físicas. Para onde foi toda aquela força e vitalidade do verão?
- O que pode parecer uma perda, é um ganho de qualidade de vida.
- É preciso entregar, deixar ir o que não serve mais para proteger o que é essencial.
- Como encontrar o que é essencial?
- Comece abençoando essa criança que brinca nos seus galhos.
A pequena árvore estava tão introspectiva olhando apenas para suas perdas que não percebera a alegria e a emoção de uma criança que subia com esforço e dificuldade em seus galhos.
Pela primeira vez, exalou bem-estar e a seiva dentro de si correu em seus veios com fluidez e leveza, como nos áureos tempos do verão, e essa sensação surgiu por sentir-se útil a humanidade.
E você o que precisa deixar ir?

Rose Camargo
Psicóloga, Aconselhadora Biográfica, Facilitadora de Constelações Familiares e Barras de Acess

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A caminhada



Estamos no sexto setênio, marcado pelo período entre 35 e 42 anos. 
O arquétipo deste setênio, é o cavaleiro que anda ao lado do seu cavalo, demonstrando mais equilíbrio entre a razão e emoção. A caminhada agora, permite olharmos para uma parte da história já vivida.
Contemplamos o passado buscando identificar aprendizados para o presente e futuro. Entramos em contato com a nossa bagagem interna e com isto uma nova pergunta começa a emergir:
O que eu deixo e o que eu levo para a minha jornada daqui para frente?
Pensando que a vida é uma grande viagem e neste momento estamos como andarilhos. Este período nos convida para um momento de parada para sentirmos o que queremos de agora em diante.  
Este querer tem a ver com algo muito profundo em nós. Sim, é a nossa essência pulsando, querendo buscar o que realmente faz sentido, transcendendo os “têm que”, escolhas, papéis que foram construídos, seguidos e mantidos durante a vida e que talvez não caibam mais.

Pois é, chegamos na crise da autenticidade!  
Se olharmos a crise como um ponto de transição e desenvolvimento. Há aqui um grande desejo de liberdade, autenticidade em relação a si mesmo e com as próprias escolhas.
Cresce uma necessidade em viver de forma coerente com o que se acredita internamente. Questões existenciais começam a ficar mais intensas, pois após passarmos por algumas fases com mais foco no externo e no Ter, nosso Ser pede por mais espaço dentro de nós, para nos guiar até o nosso propósito.
Por volta dos 37 anos, a nossa missão de vida vai ganhando ainda mais clareza e potência. É comum neste período rupturas, seja na esfera pessoal e profissional, pois pode ser que o que fez sentido até o momento, não faça mais. Por outro lado, devido a um caminho já construído, a resistência a novos desafios pode surgir.      
Poderemos então fluir ou resistir, mas certamente neste setênio seremos levados a olhar e a ouvir o que está dentro. Certos incômodos podem surgir, já que este mergulho interno exige coragem, ou seja, agir com o coração para seguir uma nova trilha interna e/ou externa, norteada por novos valores.
E quando Jung diz:
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos.”
Fica forte para mim o quanto o autoconhecimento vai se tornando cada vez mais necessário para vivermos em conexão com quem genuinamente somos.

Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Para a travessia


"A vida humana consiste em três fases: vinte anos para aprender, vinte anos para lutar e vinte anos para atingir a sabedoria"
(provérbio chinês).

Cada momento da vida nos pede e nos dá coisas importantes. E saber reconhecer o que ganhamos e o que temos, pode facilitar lidar com aquilo que nos é solicitado.
Num processo de aconselhamento biográfico, quando é possível desdobrar as páginas da própria história e reconhecer as entrelinhas, podemos encontrar muitos desafios e, também, nos deparar com preciosidades.

Quantas vezes olhar para si mesmo gera um frio na barriga, dores de cabeça, vontade de fugir ? E, quantas vezes, depois de atravessar o percurso difícil, não nos deparamos com um cenário interno compensador, e nos orgulhamos da coragem e da persistência daquela penosa fase do caminho...? Se superar é de um prazer indescritível. Só de pensar, me vem um sorriso!

E lá, entre os 35 e 42 anos, temos um momento bem particular. Se, por um lado chegamos naquela época quando, dizem, a vida começa, por outro, nos deparamos com a diminuição da nossa vitalidade. Mas antes ou apesar disso, ninguém mais tem dúvida de que, de fato, nos tornamos adultos. Porque a esta altura do campeonato, como não poderia deixar de ser, temos a posse de nós mesmos e de nossas responsabilidades.

Estamos no período daqueles vinte anos destinados a lutar. Os últimos sete.

E por isso mesmo, nossa luta nesse período consiste mais em consolidar o que conquistamos. Daí pressupomos que algumas coisas já foram definidas, que já reconhecemos algumas conquistas e o lugar que ocupamos no mundo. Sim; embora não definitivamente, já que a vida é movimento e desenvolvimento.

E,  para que esse impulso se mantenha dinâmico, é que surgem  perguntas como: é para isso mesmo que estou aqui ? essa é a minha tarefa?

Ali por volta dos 37 anos, nosso ser essencial pode ser despertado, quando nos questionamos se o que estamos fazendo, da forma como realizamos é aquilo mesmo que nos preenche, aquilo que tem sentido na nossa existência. Qual é a intensidade do incômodo? Qual é a intensidade da sensação de que 'está faltando alguma coisa...'?! Essa é a medida que nos leva às mudanças que precisamos realizar.

Bem, para isso servem as nossas crises: para nos mobilizar para os ajustes necessários. Por isso mesmo são oportunidades tão ricas! Algo neste período nos desperta para buscar o que é essencial no mundo, no outro, em nós mesmos.  Algo que está por vir mais intensamente, mas que pulsa agora. Como um lembrete, como uma preparação. Preparação para a travessia do próximo portal, já que estamos nos últimos sete anos da fase da luta, como diz o provérbio chinês.

E agora, nesta fase, nossas habilidades sociais merecem um pouco mais de atenção, e precisamos nos esforçar para transformar a crítica em auto crítica,  fazer um balanço do que foi conquistado e de como conquistamos, e resgatar algo de valoroso que vivenciamos no começo de nossa existência, em família: a formação e constituição dos vínculos.
Neste momento se projetam as vivências - transformadas ou a serem transformadas -, já que nos são ofertadas condições para fazermos do nosso jeito, do jeito único que somos capazes de fazer e moldar as nossas próprias relações, uma vez que temos a posse de nós mesmos.

Isso tudo nos leva a rever as formas com as quais aprendemos a nos relacionar e a atualizar a nossa compreensão das 'coisas' vividas.
É hora de tomar nas mãos a rédea do que pensamos e sentimos, e assumir como nossa a orientação que queremos e que damos aos acontecimentos da vida, com o respeito que consideramos valer a pena, também, sermos tratados. Daí a imagem representativa desta época ser a do ser humano a pé, ao lado do cavalo.

Todos estes eventos, de importância mais interna do que externa, é o que nos impulsiona para a maneira como chegaremos no próximo portal da existência, aos 42 anos.
Se aos 21 anos atravessamos o portal do 'EU', como consciência individual, aos 42 atravessaremos o portal da consciência social. E que este último setênio nos contemple com boas oportunidades para desenvolvermos nossas habilidades sociais!

Olivia Gonzalez
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal, terapeuta floral e astróloga

sexta-feira, 29 de março de 2019

Alma da Consciência


O setênio que abrange as idades entre 35 e 42 anos é denominado Sexto Setênio e devemos começar a desenvolver em nós a Alma da Consciência.
Ocorre nesta fase um declínio da vitalidade do corpo físico, há uma perda gradual na força física, mas também estamos nos voltando para um caminho anímico – espiritual, podemos sintetizar esta fase assim: trocamos vitalidade no corpo por vitalidade no espírito.
Se mantivermos nesta fase um bom ritmo na vida, com horários bem estabelecidos para dormir, se alimentar, trabalhar e se divertir, podemos diminuir essa perda de força.
Essa situação é proposital, pois o declínio do corpo físico cria condições fisiológicas para a ampliação da consciência, por isso Rudolf Steiner também denomina este setênio como Alma da Consciência.
Muito importante esta fase da vida para o ser humano, pois nela temos que, se todo o desenvolvimento anterior ocorreu adequadamente, começaremos a amadurecer psiquicamente e despertaremos na nossa alma uma atuação mais ética e moral.
Deveremos agir no mundo, não somente pelo que é certo ou errado, mentiroso ou verdadeiro, construtivo ou destrutivo, mas sim,  nossa atuação estará de acordo com o ético e moral. Isto é, nossa atuação irá além, ela terá que estar de acordo com o bem da humanidade.
E principalmente não poderemos falar ou agir em desacordo com o que pensamos, cada vez mais, no tempo em que vivemos, teremos que desenvolver a coerência entre as três atuações da alma humana, o pensar, o sentir e o querer, eticamente e moralmente.
Esse despertar da Alma da Consciência trará também uma necessidade muito grande de autoconhecimento, compreender nossos limites, e ver os nossos  defeitos antes de ver os defeitos nos outros.
Não poderemos deixar de colocar um fato muito importante que ocorre neste setênio, o segundo nodo lunar por volta dos 37 anos. O nodo lunar ocorre quando a Lua volta para a mesma posição na constelação de nascimento, proporcionando uma abertura para a visão da sua meta encarnatória.
A situação acima muitas vezes provocará uma crise, trazendo nesta idade profundas mudanças, separações, troca de profissões ou doenças como depressão, esta última doença ocorre porque quando temos a visão da meta encarnatória  percebemos que estamos fora da meta. Mas o sofrimento, a doença e as crises virão para que pensemos em nossas vidas e assim proporcionando o amadurecimento anímico com o fim de realizarmos nossas   metas.
Assim, crises são sinônimos de desenvolvimento.
Para elucidar melhor temos Dra. Gudrun Burkhard em seu livro – Tomar a vida nas próprias mãos – pág.115; “Justamente aos 37 anos (duas vezes 18 anos e meio) ocorre o segundo nodo lunar. Novamente acontece uma maior abertura, e o ser humano fica mais próximo do Cosmo e de si mesmo. “Minha missão de vida começa a aparecer claramente, e eu quero empenhar os meus próximos anos em realizá-la!”... “R. Steiner aponta para o fato de só a partir dos 35 anos o indivíduo se tornar realmente útil para a sociedade. Até então ele recebeu muito dos outros e do mundo; agora, todo esse aprendizado vai-se transformando e ele se torna capaz de dá-lo.” A partir da lição acima podemos também dizer que a partir deste setênio vamos adentrar nos Mistérios Do Ser.
Portanto, este setênio é muito importante para a nossa vida, que saibamos aproveitar tudo de bom ou ruim que ele nos proporcionará, pois somente quando ultrapassarmos esses desafios poderemos alçar voôs maiores em direção ao desenvolvimento do espírito.
Por fim, para ilustrar o presente trabalho um poema de Hermann Hesse:
Tal qual cada flor fenece
E toda juventude cede à idade
Floresce cada patamar da vida
Toda sabedoria e toda virtude
Também florescem ao seu tempo
E não devem durar eternamente
O coração precisa estar, em cada patamar da vida,
Predisposto à despedida e a novo início
Para, na coragem e sem pesar,

Entregar-se a novas ligações
E em todo começo reside uma magia
Que nos protege e nos ajuda a viver.
Temos de transpor, dispostos , espaço a espaço
E a nenhum nos apegar  como uma pátria
O Espírito Universal não nos quer prender e limitar.
Quer erguer-nos degrau a degrau, quer nos ampliar.
Mal nos habituamos a um ambiente,
Sentindo –o familiar, ameaça  o acomodar-mos.
Só quem esteja pronto a partir e viajar
Talvez escape do hábito paralisante.
Talvez ainda a hora da morte
Nos envie, jovens, a novos espaços;
O apelo da vida a nós jamais há de findar.
Vamos lá, meu coração: despede-te e convalesce.


Rita Paula Wey Nunes da Costa

quinta-feira, 21 de março de 2019

Ter ou Ser


Este é um tema que me acompanha há muito tempo.
Se olharmos pelo olhar da Antroposofia, está no fluxo investirmos no Ter nos nossos primeiros setênios.
Começamos na busca de aquisição de novas habilidades, do fazer. Um bebê já nasce sabendo sugar e vai aprimorando essa habilidade pra conseguir se alimentar através da amamentação, mas ainda não sabe que é um Ser separado de sua mãe e que tem emoções e pensamentos próprios.
Nos dois setênios iniciais (0 a 14 anos) a energia está muito concentrada no nascer físico e emocional.
É no 3º setênio (14 a 21 anos) que começa o nascer da identidade, quando começamos a nos questionar sobre quem somos. Mas esse questionamento e reflexão ainda é muito inicial. O nosso corpo físico ainda grita na adolescência. E será nos setênios seguintes, principalmente a partir dos 30 anos, que essa voz que questiona quem é esse Ser e o que viemos fazer aqui nesse mundo, começa a ganhar mais espaço.
Na nossa cultura ocidental e capitalista a voz do Ter grita mais alto.
Precisamos Ter uma profissão, um bom salário, um apartamento, um carro, um casamento, filhos...uma lista que não tem fim para que alguém possa se considerar “bem sucedido” na vida.
Enquanto isso, a voz do Ser encontra-se silenciada muitas vezes, e perguntas como: Como estou me sentindo? Me sinto integrado nas minhas vivências? Sinto que trago a minha luz para o mundo, no meu fazer e nas minhas relações? Me sinto bem, em paz e livre? Sinto que posso ser quem eu quero ser nos ambientes e nas relações que estou?
Esse Ser muitas vezes aparece adoecido, mas escondido atrás de um Ter que é considerado “bem sucedido”, que são os indicadores de sucesso da nossa sociedade.
O Ser se desenvolve através do Ter e estamos encarnados aqui nesse mundo exatamente para isso, para desenvolver a nossa alma integrada ao que fazemos aqui. A ideia não é se isolar em um Ashram para desenvolver o nosso Ser. É desenvolver no aqui e agora, nos desafios que a vida terrena nos traz.
Então, sim, devemos investir no nosso Ter, em adquirir novas habilidades e competências, uma profissão, uma sustentação financeira, bens que possam trazer as comodidades necessárias, mas lembrar que ele não é o fim, mas o meio para o Ser. E são as perguntas e busca do Ser que devem ser mestres nas nossas vidas.
Com o trabalho de psicoterapia e coaching de propósito de vida, tenho trazido esse olhar para as pessoas, o resgate da essência perdida, da criança ferida e do adulto adoecido que hoje não sabe mais quem é, que muitas vezes se encontra dependente do Ter e de emoções não saudáveis.
Nunca é tarde para fazer esse resgate. Vejo muitas pessoas com seus 30 anos já se questionando e nessa busca, como também vejo nos 40, 50 ou 60 anos.
Sempre é hora de dar voz a esse Ser que muitas vezes foi silenciado pelas expectativas de fora, de indicadores de sucesso que não estavam conectados com a sua essência, mas com padrões impostos pela nossa sociedade e cultura.
Muitas vezes pode parecer que é nadar contra a maré, e é mesmo, porque não é o que é esperado e incentivado nos ambientes e relações. Mas é o que faz valer a vida.
Você já parou para fazer essa reflexão: Se eu pudesse me ver chegando aos últimos dias da minha vida e fosse olhar para a minha jornada aqui na Terra, o que eu gostaria de ver nesse momento? Quais são as pegadas que eu gostaria de ter deixado para trás? Como gostaria de ser visto, reconhecido e lembrado pelas pessoas?
Essas perguntas podem te ajudar a chegar mais perto do que o seu Ser quer te dizer e fazer nesse mundo.
“Cuide do jardim e as borboletas virão até você”
Mario Quintana
Marcela Lempé Madruga
Psicóloga e Coach

Facilitadora do desenvolvimento humano, apaixonada por autoconhecimento e experiências que ampliem a consciência. Mais sobre mim: www.essenciadesenvolvimento.com.br / https://medium.com/@marcelalempe

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Quando o “Ter” e “Ser” passam a se encontrar


O 5º setênio da antroposofia, fase dos 28 aos 35 anos, pode ser nomeada como a fase do intelecto,da racionalidade ou mesmo do cavaleiro.
O cavaleiro agora aparece com as rédeas em suas mãos, conduzindo a vida com mais racionalidade, planejamento e organização.
Se fizermos um paralelo com a astrologia, lembraremos do retorno de saturno,que acontece aos 29 anos. Astrologicamente é quando nos tornamos adultos. Quando assumimos mais responsabilidades, percebemos também o que não nos serve mais e precisamos deixar ir e o que quer ficar ou nascer.
Nesse período perto dos 28-29 anos também questionamos sobre nossos talentos, se estamos no caminho certo, se realmente entregamos ao mundo aquilo que está em mais sinergia com o que gostamos e sabemos fazer.
É nesse setênio que mais encarnamos no corpo físico. Quando a nossa individualidade toma força. O ego aparece gritando, pedindo palco. Pode ser uma fase de grande competitividade e de ambição de “ser alguém”.
Mas ao mesmo tempo que o ego está latente e a encarnação do Eu em seu auge, também aparece uma necessidade de uma conexão espiritual.
Após um grande foco na vida material, no “ter”, na biografia externa que busca algo fora, nasce o desejo de olhar para o “Ser”, para a biografia interna, para o que pulsa internamente e quer espaço para florescer, ser escutado e ganhar palco.
Momento de acionar uma maior liberdade interior, deixando para trás as heranças do passado, como normas e crenças aprendidas que aprisionam e não libertam.
É uma travessia de limiar. Morte e renascimento.
Perguntas que podem estar ecoando nessa fase:
O que está querendo morrer em mim ou na minha vida que não faz mais sentido ou não cabe mais?
O que meu Ser mais autêntico quer expressar nas relações e no meu fazer?
Quais são meus reais talentos? O que faço com naturalidade sem nem perceber o tempo passar?
O que brilha meus olhos? Pulsa? Me motiva? Me move sem esforços?
Fase onde a razão e coração, o “Ter” e o Ser” , Yin e Yang, precisam ser integrados e equilibrados.
Ao trabalhar essa integração da energia feminina e masculina dentro do Ser, o processo de individuação da alma começa a amadurecer, tornado-se um Ser mais inteiro.
Se você está nessa fase, busque escutar sua voz interna.
O que ela está te dizendo?
Pause. Escute.
O que o seu Ser está te pedindo?
Como está seu encontro e satisfação com sua biografia interna e externa? Está equilibrada?
O que está precisando morrer e nascer hoje na sua vida?
Seja o cavaleiro e assuma as rédeas e direção da sua vida!


Marcela Lempé

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A fase racional e a carreira



O 5º setênio é marcado pelo período dos 28 aos 35 anos.
As emoções, já não nos assolam tanto com atos impulsivos, como no setênio anterior, representado pelo arquétipo do centauro. Neste setênio o centauro se transforma em um cavaleiro, demonstrando mais as rédeas de suas emoções.     
A razão começa dominar mais os impulsos, agora é possível ponderar mais as tomadas de decisões. E o desafio aqui é desenvolver tolerância e interesse pelos outros, ao mesmo tempo em que vive-se o auge da ambição, desejo por status e prestígio, conciliando a busca do próprio espaço sem ferir o espaço do outro.
Estamos em uma fase da vida que, para muitos, é permeada por realizações e conquistas. As competências de organização e planejamento estão bem fortalecidas e poderão contribuir muito para galgar novas posições na carreira.
Gerenciamento de pessoas, ainda demanda algumas lapidações, já que a segurança interior possui forte alicerce no conhecimento técnico, gerando o conflito entre delegar responsabilidades reais ou apenas tarefas, para desta forma, até de maneira inconsciente, manter o controle para si.
Há um grande espaço para ir além da posição daquele que conquista resultados a partir das próprias ideias, para a abertura para o outro através da escuta, construindo como líder espaços mais participativos, com soluções construídas e não impostas.
Com o amadurecimento das habilidades sociais, o profissional começa envolver mais as pessoas em seus processos decisórios. Saber como falar, ouvir genuinamente, perceber o que está por trás e nas entrelinhas das situações fazem parte do autodesenvolvimento desta fase.
Inicia-se também a diferenciação entre Ter e Ser, sendo a dimensão do Ter mais voltado para status, prestígio e construção e aquisição de “coisas”. E o Ser mais ligado ao sutil, a espiritualidade e a qualidade das relações consigo e com o outro. Conquistar o equilíbrio entre estas duas dimensões, propiciam ao indivíduo uma atuação mais congruente e decisões mais sustentáveis.
O caminho pela busca do autoconhecimento começa a ficar mais forte. Vai emergindo um desejo maior de compreender, por exemplo:
Por que reajo de determinada maneira diante das situações?
Qual meu papel nos espaços em que estou inserido?
Quais são meus valores?
Por volta dos 30 aos 33, vivenciamos uma intensa revisão interna, como um convite do que precisa ser deixado para que um novo possa surgir. É comum neste período termos eventos marcantes que nos fazem olhar a vida com mais profundidade e através de uma lente mais sutil.

Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista.

www.lotustalentos.com.br

domingo, 27 de janeiro de 2019

Forjando a essência solar


'E quero crer no reino que existe em mim.'
R.Steiner


A vida vai acontecendo uma etapa seguida da outra e, na jornada da vida você já constituiu seu corpo físico, já se deparou com crenças e adquiriu valores, criou sonhos e defendeu seus ideais, se lançou no mundo à busca de se munir com habilidades para atuar, e, agora, descobriu que tem um mundo inteiro a conquistar.
Esse parece ser o ímpeto com o qual chegamos ao 5º setênio, que abarca dos 28 aos 35 anos de idade.
No decorrer desses anos foi-se adquirindo bagagem para chegar nesta etapa em que nossos atos estão inteiramente sob nossa responsabilidade. Embora haja aquele que busca se esquivar, a vida exige um maior comprometimento com o que quer que seja o que estiver fazendo.
Não por acaso esta setênio inicia com um questionamento sobre nossos talentos e a serviço de quê os colocaremos.
Esta é a etapa da vida em que a conquista do mundo se dá através do que estiver realizando ou da maneira como estiver respondendo ao mundo.

O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si,
e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.

Normalmente, nesta fase, a vida exige uma direção. Ela cobra uma resposta para que você mostre a sua bagagem. Se, antigamente, a atividade profissional se dava como continuidade da história familiar, atualmente, somos mais livres para definir nossa atuação,  - o que muitas vezes aumenta a angústia e insegurança da escolha -, resultado da ampliação da nossa consciência enquanto desenvolvimento humano durantes várias épocas, para assumirmos nossa liberdade, como meta num desenvolvimento cósmico.
E, se por um lado temos a liberdade, por outro, temos o vigor demonstrado pela  imagem do guerreiro conquistador, que caracteriza este período, e que com esse vigor busca colocar sua marca no mundo.
Qual é sua marca? O que define a sua marca? Qual é a sua assinatura na obra que tem realizado ? De onde vem esse impulso para colocar a sua individualidade no mundo ?
Há um mundo fora e um mundo dentro que deseja se unificar nesta fase em que o vigor de fora e a liberdade de dentro, se manifestam intensamente.
Se há uma força levando a organizar o mundo há também uma força levando o  mundo a  organizá-lo.
Forças poderosas estão disponibilizadas para o ser humano nesta época em que o intelecto e os sentimentos estão tão potentes, em que forma e fluidez se deparam.
Como essas forças se manifestam ?
As forças ligadas ao estímulo da fluidez, são aquelas que se conectam com o mundo interior, seja religioso ou não, e que desconsideram o mundo prático, concreto e das conquistas de recursos para a subsistência física. Movem as  pessoas que fogem das regras e limitações e que buscam sua expressão na informalidade. 
Já as forças ligadas ao estímulo da forma são aquelas que se conectam ao mundo exterior e a conquistar todos os recursos através do mundo material, para atender suas necessidades imediatas, e desprezam todo o movimento íntimo. Movem as pessoas que buscam estabelecer as regras, criar normas, formalizar ideias.
Os dois princípios são poderosos e cada um deles tem motivações bem peculiares e servem a propósitos bem definidos. E, da mesma maneira que a fluidez nos leva ao desenvolvimento através da espiritualidade e arte, a forma nos leva ao desenvolvimento através da ciência e pensar reflexivo.
Enquanto essas forças se desenvolverem unilateralmente, maior será o conflito. Seja ele entre grupos, seja ele numa relação, seja ele em si próprio.
Para lidar com essas forças é que se faz necessário, nesta época da vida, desenvolvermos a alma da índole e intelecto ou alma do sentimento racional. Precisamos de sensibilidade para lidar com a razão e precisamos de firmeza para lidar com o coração.
Através desse desenvolvimento conectamos com nossa essência solar e nos mantemos no caminho do meio.
Ninguém disse que era fácil, né ? E você, a quais princípios  serve ou serviu com seu vigor e liberdade?

Olivia Gonzalez
Terapeuta corporal, floral e aconselhadora biográfica

  

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A fase das emoções e a carreira


Resultado de imagem para centauro mitologia em aquarela

O quarto setênio refere-se ao período dos 21 aos 28 anos. É a fase da experimentação, oportunidade de sentir o que atrai profissionalmente. É o momento também em que o jovem ingressa inteiramente no mundo dos adultos, assumindo mais responsabilidades e escolhas.   
O centauro é o arquétipo trazido pelos gregos para representar este ciclo, o símbolo metade homem e metade cavalo, evidência a necessidade de aprendizagem das emoções.   
Há aqui energia, vitalidade, conhecimentos adquiridos através de leituras, cursos, faculdade e existe também um grande espaço para a prática de habilidades técnicas.
Por um outro lado, o domínio do conteúdo técnico não é suficiente por si só, há um desafio para equilibrar os altos e baixos das emoções, gerada por uma instabilidade emocional que precisa ser cuidada.
Enxergo que a importância da inteligência emocional vai ficando ainda mais forte atualmente, considerando que cada vez mais cedo jovens estão empreendendo e assumindo posições que lhe demandam mais e mais, em seus próprios negócios, empresas tradicionais e startups.   
Ter projetos com resultados mensuráveis contribui para que o jovem vá se apropriando de seu desempenho, o que vai ganhando ainda mais potência com o apoio de um outro profissional que possa ir lhe dando orientações técnicas e comportamentais.
É comum a insegurança e uma maior fragilidade diante de críticas, por isto feedbacks conduzidos com assertividade por meio de uma comunicação não violenta, contribuem para dar mais clareza ao profissional, o que vai trazendo de forma gradativa mais segurança interna.   
O feedback é uma forma de comunicar os acertos e melhorias, o que na verdade é importante em todas fases, mas nesta ainda mais, pois traz um norte, uma referência de que caminho seguir, como uma bússola para um viajante que necessita de direção.
O final deste setênio, é marcado por uma crise interior, chamada de crise dos talentos, o qual cada um vivenciará com uma intensidade e de uma forma. Esta crise vem como uma oportunidade para olhar para os talentos com mais consciência e vem acompanhado por uma pergunta:
O que eu faço com os meus talentos daqui para frente?
Cada fase da vida vivenciamos uma grande questão, esta é a que permeia os 28 anos.
Minha crise dos talentos aconteceu enquanto eu trabalhava como funcionária no meio organizacional, comecei a sentir uma grande insatisfação, pois tinha percepção que minha inquietação não se resolveria indo para uma nova empresa. Era algo mais profundo, eu precisava me reencontrar,  relembrar por que eu havia escolhido psicologia como formação, quais talentos eu tinha e como poderia usá-los, mas talvez de uma nova forma. Foi um momento de dúvida e que bom que eu vivi esta crise, me permitiu fazer novas escolhas na minha carreira.
Para fechar este texto, gostaria de compartilhar uma parábola que descreve muito bem a importância dos talentos.
“Um senhor tinha três servos, aos quais deu dez talentos (moedas de prata); dez para cada um. O primeiro esbanjou o dinheiro; o segundo enterrou o dinheiro; e o terceiro o aplicou. Após um ano, os três voltaram ao senhor: o primeiro, de mãos vazias; o segundo desenterrou o dinheiro e voltou com a mesma quantia; e o terceiro, que aplicou o dinheiro, voltou com uma quantia bem maior”.
E você, como está aplicando seus talentos?

Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista

www.lotustalentos.com.br

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

"ECCE HOMO" ("Eis o Homem")




Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo de travessia, e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
Fernando Pessoa


Neste setênio há uma marca importante: o fim da fase do crescimento corporal. Aqui começa a autoeducação. Até aqui, com o corpo físico em crescimento, o Homem está aberto, pois para crescer precisa ter espaço. Este espaço permite que a educação ocorra de fora para dentro.

Com o término do crescimento físico, o “fechamento” do esqueleto, ocorre uma nova situação. Agora, não é mais possível educar de fora. Se tudo deu certo, toda informação que entrar será avaliada pelo Eu. Então o que se vê agora não é mais um jovem, mas um adulto, com opiniões próprias, escolhas pessoais e atitudes individuais.
Este processo é lento e vai se consolidar neste setênio. Esta é a tônica desta época na biografia humana.

O Homem agora se emancipa da educação que herdou. Ele tem agora um corpo adulto e uma bagagem pessoal, que foi a educação que recebeu até então. Com a perda do último invólucro, o do Eu, se inicia a manifestação plena do mesmo, que começa neste ponto a verdadeiramente se formar. A individualidade. Esta parte suprassensível do ser humano, agora desperta com toda sua força.

Se até então a criança estava dentro de casa e da escola e o jovem estava meio-fora e meio-dentro, treinando olhar o mundo exterior, agora o novo adulto estará especialmente sensível ao mundo de fora.

É o momento onde ele começa a questionar se os valores recebidos tem conexão com seu Eu e se a educação que recebeu faz sentido para ele. É uma época de profundos questionamentos, o que deixa o novo adulto vulnerável às informações, pois ele está mais propenso a negar os valores e a educação recebidos, na busca de sua própria identidade. É um momento crucial onde também pode ocorrer uma ligação demasiadamente forte com valores diferentes dos seus originais. Ele reflete sobre o que herdou, se sua bagagem serve aos seus propósitos de vida. É momento dele fazer um balanço, para ver o que fica e o que se vai, na construção de sua identidade adulta.

Neste ponto, o Eu se liberou do trabalho com o corpo físico e agora se ocupa com a constituição de sua Alma. A Alma é o instrumento pelo qual o Homem se manifesta no mundo. É Ela quem dá notícias ao mundo sobre a individualidade que ali está e que agora, neste setênio, se manifesta mais plenamente. Este é o momento biográfico que pode ser traduzido como um segundo nascimento. Ao nascermos, nasce a promessa de uma individualidade. Aos 21, ela se torna presente.

Os fenômenos que serão percebidos neste setênio, na vida prática, serão aqueles relacionados com a formação de uma base estrutural como plataforma de lançamento para o próximo setênio. São eles: formação universitária, colocação profissional, consolidação dos relacionamentos amorosos, constituição de uma nova família, obtenção de recursos financeiros.

Fica evidente que neste momento o novo adulto prepara seu novo ninho, com sua marca pessoal, e vai em busca de recursos materiais para consolidar sua tarefa e, mais tarde, concretizar sua missão de vida.

O Homem é um cidadão de dois mundos, o celeste e o terrestre. A vida é como uma conversa ou um encontro destas duas forças. A partir dos 21 anos, aquele Eu que desejou passar pela experiência terrestre finalmente pode expressar, com liberdade e verdade, aquilo que veio manifestar no mundo físico. Dádiva!


Anahi Noppeney

Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

Casa da Antroposofia ZN Rua Guajurus, 222 Jardim São Paulo (11) 35699600