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domingo, 27 de setembro de 2020

MICAEL ARQUEU

 

Vamos celebrar agora dia 29 de Setembro o dia Arcanjo Micael, que agora como regente da nossa Época está elevado a condição de Arqueu, com a missão de conduzir toda a humanidade no Planeta Terra.

Micael é um arqueu cosmopolita e que traz, quando da sua regência, como qualidade a integração entre os povos, hoje chamamos de globalização, para que as pessoas cada vez mais não sintam pertencentes a um povo, raça, família, são cidadãs do mundo e  assim se  reconhecerem como irmãos em uma mesma comunidade.

Hoje, queridos amigos, estamos sob a influência de uma força adversa liderada por Ahriman, com toda a sua tecnologia fria, e tem como objetivo plantar no coração humano o materialismo, a existência somente do corpo físico, que o pensamento tem que ser frio, linear, abstrato e solitário e totalmente apartado do mundo espiritual.

E as suas tentações são grandes, seus argumentos a uma primeira visão parecem totalmente verdadeiros, mas temos que ter consciência que essa visão materialista da humanidade e do mundo é uma ilusão, Maya.

Mas diante desta influência tão avassaladora destas forças não regulares, temos a atuação do Arqueu Micael no sentido contrário, ele nos observa e nos inspira a ter a coragem de  fazer, com consciência e liberdade, uma aliança verdadeira com ele, com ser da Sophia Cósmica e com o Cristo, e ter a plena certeza dentro do nosso coração que, somos seres eternos, espirituais. Mas como fazer essa união? E como combater a atuação Ahrimanica em nós e no mundo?

Através da formação de uma comunidade empenhada em fazer o bem, em Amor e Liberdade, de forma altruísta entre os membros, ali então forma-se um cálice onde, algo novo pode acontecer, a vinda de um Ser Espiritual Superior que derrama para dentro do cálice a força e auxílio necessários e suficientes para combater o mal que vive em nossos pensamentos, sentimentos e ações, e assim a combater as tentações Ahrimanicas pelo mundo.

As comunidades Antroposóficas são um grande exemplo dessa realidade, como os Grupos de Estudos, os Ramos das Sociedades Antroposóficas espalhados ao redor do mundo e a Classe da Escola Superior Livre para a Ciência do Espírito.

E hoje durante a pandemia, quando fomos obrigados a ficarmos isolados, aparentemente solitários, Micael vem e nos intui a usar uma ferramenta fria criada por inspiração de Ahriman, a Internet,   e criamos os Grupos de Estudos Virtuais com pessoas que estão ao redor do Mundo, mas todas com o mesmo pensamento, sentimento e ação,  participar de uma Comunidade do Bem, contribuir mesmo que isolado em sua cas, com um estudo edificante que não só, nos fortalece, como auxilia os Seres das Hierarquias Superiores através de nós,  a continuarem atuando no sentido da Evolução da Humanidade.

Micael espera sempre de nós uma atuação na direção do Bem, ele não fala nada, porque estamos na Época da Alma da Consciência e nossos atos são praticados em Liberdade, mas está sempre nos observando atento, pois todas as noites somos guiados pelo nosso Anjo Guardião para o mundo espiritual, somos tocados pelas Asas de Micael, que nos convida a agir para a construção de um futuro coerente com a Meta dos Deuses, não só para nós, mas para toda a humanidade. Rudolf Steiner nos deixou um verso para ser meditado toda a noite, e outro verso para toda manhã, para que durante o dia nosso atuar  possa estar em consonância com os desígnios Divinos.

 

Antes de deitar:

“Carrego meu pesar ao sol poente,

Coloco minhas preocupações em teu colo resplandecente.

Purificadas em tua luz

Transformadas por teu amor,

Que elas me retornem

Como pensamentos que auxiliem

Como forças para um agir alegre,

Disposto ao sacrifício”

Para o amanhecer:

“Oh, Michael

À tua proteção eu me recomendo,

À tua direção eu me uno

A partir da força do meu coração.

Que este dia se torne uma imagem da tua vontade que ordena o destino”

Mas quando acordamos todas as manhãs estamos realmente despertos? Ou voltamos para o mundo material com dúvidas e medos?

Ora, o Arqueu Micael é um Ser Espiritual dotado de coragem e disposto a derramar essa coragem em nossos corações para o nosso atuar diário, sem medo do que vier em nossa direção, seja para o bem ou para o mal, porque estamos unidos a ele.

Ele também nos auxilia para que não caiamos nas tentações das ilusões  Ahrimanicas, que hoje são  tão bem colocadas pelos meios de comunicação, como o medo de tudo, porque o medo muitas vezes nos paralisa e deixamos de agir  em momentos que eram necessários o nosso atuar para o bem. 

Rudolf Steiner também deixou para nós um verso para fortalecer, não só a união com Micael, como também a nossa coragem.

Se nos dedicarmos ao Estudo da Ciência Espiritual, se praticarmos a Meditação aquietando a mente por alguns minutos diariamente para nos conhecer profundamente, a fim de mudarmos hábitos não mais adequados para a nossa Época, isso vai nos fazer cada vez mais fortes, decididos e corajosos.

E a partir das atividades acima, partirmos para a Ação do Bem no Mundo com coragem, essa ação pode ter seu início no nosso próprio entorno, como também, uma ação em direção à União ao Arqueu Micael, a Sophia Cósmica e principalmente ao Ser Solar Maior, o Cristo Jesus, que há dois mil anos habitou a Terra e deixou o ensinamento do caminho que devemos seguir, agora em Amor e Liberdade.

Estimados leitores, convido-os a fazer, nessa Época de Micael, a Oração da Pedra Fundamental, para que todos nós unidos através dessa Oração possamos formar, ainda que discreta, uma comunidade do Bem, e que a nossa Oração sincera e conjunta seja elevada até o Arqueu Micael, como uma singela contribuição para a sua Celebração ao redor do Mundo.

"Na virada dos tempos

Entrou a luz do espírito do Cosmo

Na corrente terrestre do ser

Treva da noite deixara de imperar

A clara luz do dia resplandeceu nas almas dos homens

Luz que aquece

Os pobres corações de pastores

Luz que ilumina

As sábias cabeças de reis

Luz divina

Cristo Sol

Aquecei nossos corações

Iluminai nossas cabeças

Que se torne bom o que nós com o coração queremos fundar

O que nós a partir da cabeça com metas seguras queremos guiar"

R. Steiner

 

RITA PAULA WEY NUNES DA COSTA

domingo, 30 de agosto de 2020

Breves reflexões sobre a Liberdade

 


Falar sobre Liberdade, sob a luz da Antroposofia, é uma tarefa exigente e desafiadora, então vou tentar colocar nesse texto algumas reflexões para os amigos leitores e amigas leitoras, com o fim de convidá-los a seguir nessa jornada comigo.

Caros amigos vocês já se fizeram essas perguntas:

Quando sou livre?

O que está por trás dessa liberdade?

Muitas pessoas respondem as perguntas sobre liberdade através de relatos como admirar uma praia bonita com o mar calmo ou na montanha contemplando uma paisagem de árvores e plantas.

Pessoas também respondem através de ações, como por exemplo: sou livre quando faço algo que me agrada e faz sentido, ou então quando faço o que quero.

Mas podemos nos aprofundar um pouco mais sobre essas perguntas sem invalidar as respostas dadas acima.

O que os dois relatos tem em comum?  O pensamento. 

“Observação e pensar são os dois pontos de partida de toda busca cognitiva consciente do ser humano.”  Rudolf Steiner GA 4

Assim, temos que tomar por base o pensamento e a observação para refletirmos sobre a Liberdade.

Em relação à contemplação das paisagens usamos nosso pensamento construindo representações mentais das plantas ou da praia, elas mobilizam um sentimento de prazer em nós, e como Steiner diz: “Também aqui o pensamento é o pai do sentimento.” GA 4.

No momento em que agimos para algo prazeroso, em primeiro lugar surge o pensamento da ação para depois executarmos a ação em si, nesse momento temos que respeitar toda uma convenção social presente na cultura da época, do lugar, não podemos simplesmente agir sem nenhum critério previamente analisado, então se conclui que, nas nossas ações concretas, nós não somos livres.

Mas podemos expandir nossa consciência, e podemos fazer um exercício de colocar o pensar como objeto de observação, isto é, pensar o pensar. Para esclarecer melhor a afirmação acima temos as palavras de Steiner em GA 4.

“Pelo fato de dirigir o seu pensar para a observação, ele tem consciência dos objetos; quando dirige o seu pensar sobre si mesmo, obtém consciência de si próprio, ou seja, autoconsciência....Ora, quando o pensar dirige atenção para sua própria atividade, ele tem em si mesmo, ou seja, seu sujeito, como objeto diante de si.”

Com esse exercício podemos enxergar os porquês dos pensamentos que pensamos, e de onde eles vêm, acessando nossos arquivos da memória que nos motiva pensar desse modo, e vamos observar que ações são praticadas a partir de pensamentos superficiais, levando em conta condicionamentos sociais ou normas, essas ações não são livres, mas as ações praticadas através do pensamento intuitivo, sem esperar nada em troca e em amor, essas sim são totalmente livres.

Do mesmo modo temos a prática de meditação, a busca por um autoconhecimento, nesse momento podemos observar nosso pensar, nossa respiração, cada parte do nosso corpo conscientemente, e essa meditação é feita em total liberdade, pois também não somos coagidos a praticá-la, a ação de meditar é livre.

Mas hoje, em plena Época da Alma da Consciência, Steiner nos convida a desenvolver o pensar intuitivo, para que a nossa ação seja executada em liberdade, pois a partir da observação do pensar podemos agir conforme o mundo das ideias.

“[…] encontra a liberdade como característica das ações que fluem a partir das intuições da consciência. Nessas considerações sobre a vontade humana, foi apresentado o que o ser humano pode vivenciar em suas ações para chegar à consciência, por meio dessa vivência: Minha vontade é livre. É de significado especial, que a justificativa para caracterizar uma vontade como sendo livre é obtida por meio da vivência: na vontade se realiza a intuição de uma ideia. Isso só pode ser o resultado da observação.” Rudolf Steiner GA 4.

Mas como desenvolver o pensar intuitivo?

Queridos amigos e amigas, vamos verificar na nossa vida cotidiana quantas ações são realizadas em “piloto automático”, vamos agindo de acordo com as pressões, convenções até mesmo seguindo uma religião.

Vejamos, peguemos um livro cujo tema central é mais denso, complexo e exigente e quando começamos a lê-lo, acabamos pensando na lista do supermercado, mesmo lendo as palavras e parágrafos. Ora, nem paramos para observar o nosso pensar, ele foi automático, mas vamos à experiência, lemos o mesmo livro analisando cada palavra e cada parágrafo o seu sentido, observando como isto se dá no nosso pensar, eu posso chegar a tirar conclusões sobre o livro por mim mesmo, porque estou consciente na leitura do livro.

Esse exemplo acima mostra como desenvolver o pensar intuitivo, quando  pensamos sobre o pensar  Steiner o chama de estado de exceção, porque  o pensar cotidiano  se dá através de representações mentais passando na nossa mente o tempo todo, é um estado comum, mas o pensar como objeto de observação do pensamento, este sim é um estado de exceção, pois necessita esforço próprio, e a partir desta prática começamos a fortalecer a nossa capacidade de atenção, buscamos sentido para os fatos, temos maior senso crítico e avaliamos se a decisão de agir  que  tomamos  é fruto da influência de algo externo a nós,  de algum  preconceito enraizado ou de “gatilhos” de memória de fatos que  nos influenciaram no passado.

Deste modo, passamos a agir no cotidiano com mais consciência, pois a capacidade de observação do pensar expande a nossa atenção ao todo, e assim, nossa ação poderá ser praticada conscientemente e em amor que nos leva a liberdade.

Portanto, o desenvolvimento do pensar intuitivo nos torna mais autoconsciente.

Podemos visitar a nosso passado e vermos também que, quantas vezes nós também agimos através do pensar intuitivo, tivemos situações onde observamos o nosso pensar, acessamos o mundo das ideias e chegamos a uma conclusão por nós mesmos, sem qualquer influencia de alguém ou pressão exterior que nos obrigasse, sem nenhuma expectativa de ganho, então podemos afirmar que nossa ação foi praticada em Amor que proporcionou a Liberdade.

Como disse Rudolf  Steiner em GA 4:

“Os espíritos livres, porém, não se conformaram com tal escravidão. Eles se levantam a partir do momento em encontram a si mesmos para seguirem os seus caminhos em meio ao caos das convenções, obrigações e exercícios religiosos. Eles são livres quando seguem apenas a si mesmos, não livres quando se submetem. Quem pode dizer que é livre em todas as suas ações? Mas em cada um existe uma essência profunda na qual se expressa um homem livre.

Nossa vida se compõe de ações livres e não livres. Não é possível formar por completo a ideia do homem sem pensar no espírito livre como expressão mais pura do homem. Verdadeiramente homens somos apenas como seres livres.

Muitos dirão que isso é um ideal. Sem dúvida! Mas é um ideal com fundamento em nossa essência e que está vindo à tona. Não é um ideal abstrato ou sonhado, mas um ideal que possui vida própria e se anuncia claramente mesmo em suas manifestações pouco perfeitas.”

O desafio da nossa época é trilhar um caminho de autoconhecimento e autodesenvolvimento, quanto mais nós praticamos o pensar intuitivo, mais encontramos conceitos únicos e claros que nos definem, e com isso conseguimos atuar cada vez mais no mundo com a força do Amor que faculta a liberdade, pois nos conhecendo temos maior clareza para refletir sobre nossas atitudes.

O agir a partir do pensar intuitivo é uma prática diária, não se consegue por passe de mágica, é uma meta a ser conquistada, mas quando agimos, seja em maior ou menor grau a partir desse modo de pensar, temos a nítida sensação de que foi uma ação genuinamente nossa e nos sentimos totalmente livres.

Temos que conviver diariamente com a pergunta: “Se eu soubesse o que realmente eu deveria fazer?” Mas quando encontramos as respostas corretas e agimos a partir do pensar intuitivo iremos também perceber que fomos instrumentos de forças superiores que nos auxiliaram e capacitaram além do que nós nos julgamos capazes, e então podemos dizer que, prestamos um serviço à meta de desenvolvimento da humanidade, se tornar a Décima Hierarquia da Liberdade e do Amor.

Em GA 4 Rudolf Steiner completa:

“A natureza faz do homem um mero ser natural; a sociedade, um ser que age conforme leis; um ser livre somente ele pode fazer de si mesmo. A natureza abandona o homem em determinado estado de sua evolução; a sociedade o conduz  alguns passos adiante; o último aperfeiçoamento somente ele pode dar a si mesmo.”

Caros companheiros de jornada na Ciência Espiritual essa é a minha pequena contribuição a partir do tema Liberdade, que é muito amplo e fascinante.

Agora eu finalizo o tema com um verso de Steiner, os quais podem ser meditados diariamente, a fim de nos fortalecer na prática do pensar como objeto de observação.

“Quando deixa viver

Nos alvos campos do espírito

A pura força do pensar,

A alma apreende a liberdade em seu saber,

Mas quando, com sua vida plenamente assumida,

Cônscio de sua liberdade, o homem

Insere na vida sua força de vontade,

A liberdade celebra sua realidade."

 

Rita Paula Wey Nunes da Costa

 

terça-feira, 14 de abril de 2020

O ATUAR E A ÉTICA


Esta semana vi um filme na plataforma de streaming Netflix um filme que ficou em cartaz nos cinemas no final do ano passado chamado “Luta por Justiça”, e me chamou muito a atenção a história do personagem principal, um jovem advogado que trabalha defendendo presos no “corredor da morte”, no Estado do Alabama, nos Estados Unidos, e outro filme chamado “Uma prova de Fé”,  este na plataforma de streaming Prime Vídeo, no qual os pais tem que dar uma lição aos filhos adolescentes  sobre ética.
E como eu tinha que falar sobre ética neste texto, esse dois filmes vieram como uma inspiração para eu falar sobre esse tema.
À Luz da Ciência Espiritual, a humanidade está desenvolvendo, nesta época, a alma da consciência, isto é, o exercício da liberdade autoconsciente, tanto interior como exterior.
Todas as pessoas, hoje, tem acesso à Antroposofia, ou a matérias edificantes que desenvolvem um senso de comportamento moral e ético, como também a outros conteúdos sem nenhum critério oferecidos pelos meios de comunicação, podem escolher qual o melhor para si, com qual conteúdo  irão se relacionar, podem usar a sua liberdade exterior e tomarem as  próprias decisões, a partir da sua consciência.
Quanto à liberdade interior, esta é mais complexa  e exigente, a humanidade tem que lidar com seu Ego, onde estão os impulsos e cobiças, onde a vontade está totalmente indisciplinada portanto, ainda não está conquistada essa liberdade por inteiro.
Também todos estão sujeitos a suportar as consequências dessas vontades, escolhas e ações.
Como bem coloca Daniel Burkhard, em seu livro Nova Consciência- Altruísmo e Liberdade: “Porém a liberdade tem dois lados: liberdade exterior e a liberdade interior.
A liberdade exterior pressupõe a ausência do exercício de poder de uns sobre os outros. É a liberdade para mim e para os outros, mediante valores e limites estabelecidos em conjunto. Viver e deixar viver. A liberdade exterior, nos torna independente dos deuses antigos, das crenças, das normas e dos mandamentos da religião, dos discursos tediosos dos falsos moralistas etc. ...
Por sua vez, a liberdade interior será conquistada quando conseguirmos controlar os impulsos e cobiças e decidir livremente a partir do nosso Eu, e não mais do nosso Ego.”
Assim, quanto mais a humanidade desenvolve a Alma da Consciência mais o Ego vai desaparecendo e dando lugar para o  Eu Superior nas hora de se fazer escolhas,  e atuar perante  a vida.
Neste momento em que, um ato é dirigido pelo Eu Superior que age no pensar, sentir e querer, e esses três âmbitos da corporalidade são coerentes entre si, aí encontro o ato ético aplicado.
O Ego ainda pensa em que um ato praticado pode ser certo ou errado, mas isso é a partir do conceito que uma pessoa tem do certo e errado, dando como exemplo: No Brasil Colônia a escravidão de pessoas era legal, os Senhores de escravos cumpriam a lei, portanto certo, mas esta forma de trabalho era ética?
Quanto mais o Eu Superior está presente na atuação do indivíduo no mundo, ele ainda na ideia pensada se perguntará: Se eu colocar em prática a ideia que eu pensei, este ato será benéfico ou maléfico, meu ato trará saúde ou doença, ou melhor, meu ato será destrutivo ou construtivo, para todos os envolvidos? Ou pensando de um modo macro, o ato praticado por um ser humano trará como consequências, benefícios ou malefícios para toda a humanidade.
Quando o indivíduo aplica a ética em seus atos, podemos também dizer que esse indivíduo tem uma virtude.
Nos tempos atuais é de suma importância a discussão cada vez mais sobre ética, pois como as pessoas ainda oscilam entre o Ego e o Eu Superior, os atos ficam, às vezes, egoísta, outras altruístas.
Mas temos como tarefa, neste momento da humanidade, atuar cada vez mais com altruísmo, a fim de cumprir a meta de nos tornarmos a Décima Hierarquia, seres da Liberdade e do Amor.
Com a pandemia no mundo abre-se uma grande oportunidade para essa discussão sobre esse tema, agora está cada vez mais escancarada esta  atuação ética, porque quando os indivíduos estocam alimentos, cobram mais por itens de higiene que são essenciais para proteção das pessoas, estão em seus conceitos fazendo o que é certo, mas a partir do malefício causado a todos que, não puderam ter acesso ao alimento ou ao item de higiene o ato é visivelmente antiético.
A partir do fato acima descrito fica clara a importância do desenvolvimento correto da Alma da Consciência, a fim de que cada vez mais o Eu Superior dos indivíduos possam atuar e assim realmente haverá uma humanização dos atos praticados, uma maior coerência entre o pensar, sentir e agir.
Voltando ao início do texto, o primeiro filme mostra a coerência do advogado no seu pensar, sentir e agir, em nenhum momento ele se desviou desse caminho, para cada caso que se propunha a defender ele buscava a justiça eticamente, atuava sem se corromper ou violentar seus valores morais. Vale a pena assistir.
No segundo filme, como os pais ensinam os filhos a terem uma atuação ética, o filho do casal assina um compromisso com seu treinador de futebol que não irá ingerir bebida alcoólica, senão será penalizado com a pena de não poder participar dos jogos em campo, assim em uma noite os pais vão busca-lo depois de uma festa e veem que seu filho está alcoolizado, contar ou não para o treinador?  Se o filho assumiu o compromisso de ter certo comportamento antialcoólico, e esconde do seu treinador a quebra dele, vamos ver que a atuação ética começa em casa, na família e quando ninguém está olhando. Também recomendo.
Para finalizar o texto gostaria de compartilhar com os meus leitores e leitoras um trecho do discurso proferido por nosso Ministro do Supremo Tribunal Federal, Doutor Luís Roberto Barroso intitulado O mundo, o país e o papel de cada um.” Para uma turma de formandos em Direito em que é Paraninfo, no qual ele fala com maestria o que é pensar, sentir, querer e ser Ético.

IV. Três compromissos consigo próprio
1. Levar uma vida ética
Viver uma vida ética significa viver uma vida boa, ser bom, evitar fazer o mal, tratar a todos com respeito e consideração. A vida boa, tomando emprestadas algumas categorias de Aristóteles, inclui virtude, razão prática e coragem moral. A virtude consiste em cumprir bem o próprio papel, fazer a coisa certa, não desviar do reto caminho. Quem se move por valores e consegue ser fiel a si mesmo, não perde nunca. A virtude é a sua própria recompensa. Virtude não significa moralismo, superioridade ou arrogância. Não é critério para julgar os outros, mas para traçar os próprios caminhos. É a simplicidade da correção pessoal, dos bons propósitos e dos bons sentimentos.
Razão prática ou prudência é a capacidade de fazer juízos adequados, conjugando a realidade e os fatos da vida com os valores a serem preservados e os fins a serem alcançados. A razão prática visa à melhor decisão possível, com a motivação correta e a busca dos melhores resultados. E, por fim, a coragem moral, que é a determinação interior de fazer o que deve ser feito, como deve ser feito, quando deve ser feito. Sem bravatas, com discrição, serenidade e firmeza.
O universo protege as pessoas que vivem assim. Creiam em mim.”

Rita Paula Wey Nunes da Costa

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ser Solar - Micael


Para levar o Impulso da Antroposofia para o Mundo é necessário por parte dos antropósofos muita coragem e também humildade para pedir auxílio para o mundo espiritual, e assim resolvi escrever esse texto sobre o Arqueu Micael, ser pertencente às hierarquias angelicais, que nos ajuda com a tarefa acima, agora no fim da época da sua Festa deste ano.
Arqueu Micael, regente do Planeta Terra da nossa época, quinta época Pós-Atlântica, a Alma da Consciência, desde o ano de 1879, que é representado através de uma imagem de um Anjo guerreiro com o dragão sob seus pés, dominado, e, em uma das mãos a lança e na outra mão, uma balança.
O que isso significa nos dias atuais?
Todos nós vemos hoje no mundo muito egoísmo nas relações humanas, a ciência natural como regra, máquinas executando trabalhos, que antes eram executados por pessoas, teses negando a existência do espiritual em nós e no mundo, meios de comunicação passando as “fake-news”, assim podemos dizer que, essas situações apontadas acima, são os nossos dragões modernos, todos nós estamos sob as influências Luciféricas-Arimânicas.
Por isso urge no Mundo que, nós, como também o maior número de pessoas, deixemos ser permeados pela influência benéfica, positiva e corajosa do Ser Solar Micael, afim de que,  nossos atos estejam a serviço das hierarquias regulares, e ainda mais a serviço de promover os ensinamentos deixados pelo Ser Solar Maior, o Cristo.
Hoje, como Micael, também temos que dominar estes dragões modernos, os deixando também aos nossos pés, mas para isso temos que ter coragem, para enfrentar tudo que vem ao nosso encontro sob a influência das forças adversas, coragem para dizer não ao caminho mais fácil e inconsciente, desprezando valores morais e éticos com o objetivo de obter uma felicidade passageira ou facilidade momentânea. Padre Fábio de Melo nos diz: “Muitas vezes nós trocamos preciosidades por desimportâncias.”.
Cada vez mais, somos convidados a agir no mundo com consciência, acordados, e sob a influência de Micael, para a prática de atos cada vez mais humanos, sem violência, respeitando a todos os seres da Terra, sejam eles: humanos, animais, vegetais, minerais e elementares, nossos atos devem ser mais éticos e morais em todos os âmbitos da nossa vida e, de um modo maior observando em cada ato praticado a Lei deixada pelo Cristo: “Ame a Deus e a teu próximo como a ti mesmo”, em liberdade”.
Aí está a balança de Micael, ele não nos obriga a nada, vivemos em liberdade, ele somente carrega a balança, sob o seu olhar atento, e com ela,  Micael pesa os nossos atos, se estão de acordo com as metas de desenvolvimento da humanidade,  ou não, segundo as hierarquias superiores.
Como diz o verso de Micael deixado por Steiner, “Temos que erradicar da alma do todo o medo e terror que o futuro possa trazer ao homem.”... ”Em verdade nada terá valor, se a coragem nos faltar. Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.”
Assim, é necessário e urgente nossa aliança com o impulso micaélico para a atuação no social, temos que estar em harmonia com o guia da humanidade, pedindo a ele, sempre, coragem e sabedoria no agir, com a finalidade de contribuir para o bem, e assim para a evolução da humanidade que somos todos nós.
Sergei Prokofieff em seu livro sobre a vida de Rudolf Steiner escreve com muita propriedade sobre o tema: “Em nossa época, Micael atua dentro da esfera terrestre com a qual se uniu em 1879 influenciando os acontecimentos terrestres entre os homens, especialmente no âmbito social. Nessa esfera se realiza a luta de Micael com o dragão, da qual agora também os homens têm de participar, pois vivemos na época da liberdade e o resultado dessa luta está em primeiro lugar, nas mãos do homem. Por isso, em nossa época da liberdade é importante reconhecer o motivo pelo qual a situação se tornou crítica e devemos nos conscientizar com a máxima seriedade de que não só os homens dependem dos deuses, mas também os deuses dependem dos homens.”.
Com a influência Luciférica-Arimânica sobre o homem, sobre os meios de comunicação, indústrias, políticas públicas, escolas, temos cada vez mais de nos unir a este Ser Solar, e prestar um serviço  para o  que é bom, belo e verdadeiro, através das nossas atitudes.
E que esse nosso atuar no mundo seja para o progresso de toda a humanidade.
Pedindo auxílio, coragem e o discernimento necessários para trilhar o caminho do meio deixado pelo Cristo, mas sempre sob a proteção e o impulso dele, Micael.
Para finalizar, eu coloco sempre para ilustrar o texto, uma poesia contemporânea.

A Palavra - Chimarruts

Somos guerreiros sem armas
Usamos apenas a palavra
Que vem como fogo do céu
Que vem como a força do mar
Que brilha feito a luz do sol
Impossível de se apagar.
Nossa missão: pregar a paz, felicidade e o amor
Alegria em todo lugar
E fé no Criador
Por isso é preciso coragem
Sabedoria e ter humildade
Ser puro de coração
Dar o braço a quem pede a mão.
Sim, eu sei que virão dificuldades
Mas existe alguém que toma conta de nós
Derrubar mentiras e vaidades
Mostra ao mundo o caminho da verdade.
"Há mais de 2.000 anos nascia um Homem
Que dividiu pensamentos e sentimentos
Príncipe da Paz, que veio à terra pregar o Amor
Jamais usou a força para dizer quem era,
Usou apenas a palavra."

Rita Paula Wey Nunes da Costa


sábado, 6 de julho de 2019

O que importa?


No processo de desenvolvimento, ao chegar na fase do 42 anos, cruzamos o portal da consciência social e ganhamos a perspectiva de estar no mundo diferente do que era antes.

Porém, nem sempre essa  nova perspectiva é apreciada com conforto.  E, embora já se tenha passado por muitas mudanças, esta passagem pode ser bem crítica, e, como toda crise, nos levar a reconsiderar sobre o estado de 'coisas' que estão fora do prumo ou não fazem muito sentido, por mais que se insista em manter tudo como era antes.

E, em pleno direito do livre arbítrio, podemos escolher como lidar com isso. Afinal, fazer escolhas baseadas no que é importante para você, é uma das grandes conquistas desta fase.

Se a vida começa aos 40, este é um ótimo momento para começar algo novo nessa jornada. E com a coragem de  perceber que a vitalidade está descambando morro abaixo, e nem tudo mais brilha com o esplendor da juventude, não é preciso se esforçar para mante-la a qualquer custo, nem tão pouco se apegar a vida que nos resta e querer guardar nossas conquistas em cofres e nossa saúde em frascos, porque a vida pede uma nova consciência.   

Este é o momento na vida em que você diminui o ritmo para prestar atenção no que adquiriu ao longo dos anos, e, como a caminho de embarcar numa grande viagem, examina sua bagagem e busca carregar o que realmente importa.

O que eu vivi até aqui tem valor? Essa é uma 'daquelas' perguntas quando alcançamos a linha dos 42 anos. Nesse momento, alguns questionamentos extras se impõem ao nosso ser. Dizendo assim, parece que esse questionamento vem de fora, mão não vem. Vem do mais íntimo do nosso ser. E, na imagem da viagem, numa rodovia em que estávamos em alta velocidade, começamos a ver as placas de 'Reduza a velocidade' e 'Curva perigosa'. E,  aceitar ou desprezar a orientação é uma questão de escolha e consequência.

No processo de um pensar mais claro e abrangente, Nessa época é comum achar que já é tão dona/o da própria vida que pode dar conta de tudo sozinha e que sabe lidar com tudo, que já passou por tantas, e a resposta na ponta da língua está pronta para ser lançada, e... vai derrapando na curva e percebendo que não é bem assim.

De repente, na tal 'curva perigosa' em que o declínio da vitalidade é percebido, a questão da finitude pode aparecer em forma da pergunta: 'Para quê serve tudo isso?'.
Isso nos leva a buscar olhar para a vida com novos olhos, a partir de uma nova perspectiva, e querer novas respostas. Afinal de contas, o quê importa? Qual o sentido das dores que vivi ? Devo fazer minhas escolhas a partir da imagem que o mundo quer e tem de mim ? Devo escolher a partir daquilo que realizo no mundo?  O que escolher por mim, apenas e autenticamente?

E, autenticamente, significaria o quê, mesmo?!

O dicionário nos explica que tem a ver com a nossa própria verdade, aquilo que se pode 'dar fé, ao que é legítimo, o que é originário do emissor'. Então, estarei respondendo por mim mesma e não mais por convenções.
Há quem diga que nesta época você ao ' dar de ombros' não se importa mais com nada e quer apertar o botão do 'dane-se!'.

Curiosamente, a crise da autenticidade acontece ao cruzar o portal da consciência social e, embora seja crucial reconhecer-se e assumir suas escolhas com autenticidade, sem empurrar a responsabilidade para alguém, sobre ter feito isto ou agido daquela forma, agora, inicia a fase em que pode perceber que sua contribuição é única e pode fazer a diferença ao se disponibilizar e compartilhar.

Passada as fases em que já experimentou e vivenciou o mundo entre 21 e 28 anos; em que lutou e conquistou seu lugar entre os 28 e 35 anos e, se apropriou dessas conquistas e de seu lugar entre os 35 e 42, cabe perguntar neste momento: qual é sua contribuição no mundo?

E pode examinar na sua bagagem quais foram os sinais despertados, as perguntas, as dúvidas que ocorreram em torno dos 37 anos e, a partir disso, renovar a bagagem, se desfazer do supérfluo, começar a prestar mais atenção ao essencial.
A vida que começa aos 40 anos prioriza sua essência, sua consciência e não sua vitalidade. E seu declínio, antes de ser apenas uma desvantagem,  pode despertar nova consciência corpórea: como cuidará de você, agora? Mais uma vez a vida exige mudanças no ritmo, na alimentação, no repouso, e mais do que isso, busca afinar a conexão entre sua razão e vontade através da consciência de si, para desenvolver um estar a serviço, no mundo. 

Neste momento, resgatar a sua individualidade como patrimônio maior da sua existência pode resultar em altruísmo ou tirania. A semente da bondade plantada no primeiro setênio de vida (0 a 7anos), foi cuidada o suficiente para se disponibilizar para o outro, ou o outro deve se submeter à sabedoria da sua experiência?  Baseada em quais valores você se dispõe à serviço ?

Diante de tantas exigências, não por acaso, nas fases da biografia humana, este momento é reconhecido como 'crise da autenticidade' e coloca à prova a capacidade de reagir de acordo com uma nova visão de si e do mundo.  A conquista de novos valores  é um caminho para todo o setênio, dos 42 aos 49 anos, onde se pode desenvolver um novo tato para se perceber e  lidar com as relações.

E, se caminharmos no rumo da compaixão, as relações ganharão importância ímpar no desenvolvimento não só pessoal, mas da humanidade.             
Mas,  afinal,  o que importa para você?

Olivia R S Gonzalez
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal, terapeuta floral





domingo, 27 de janeiro de 2019

Forjando a essência solar


'E quero crer no reino que existe em mim.'
R.Steiner


A vida vai acontecendo uma etapa seguida da outra e, na jornada da vida você já constituiu seu corpo físico, já se deparou com crenças e adquiriu valores, criou sonhos e defendeu seus ideais, se lançou no mundo à busca de se munir com habilidades para atuar, e, agora, descobriu que tem um mundo inteiro a conquistar.
Esse parece ser o ímpeto com o qual chegamos ao 5º setênio, que abarca dos 28 aos 35 anos de idade.
No decorrer desses anos foi-se adquirindo bagagem para chegar nesta etapa em que nossos atos estão inteiramente sob nossa responsabilidade. Embora haja aquele que busca se esquivar, a vida exige um maior comprometimento com o que quer que seja o que estiver fazendo.
Não por acaso esta setênio inicia com um questionamento sobre nossos talentos e a serviço de quê os colocaremos.
Esta é a etapa da vida em que a conquista do mundo se dá através do que estiver realizando ou da maneira como estiver respondendo ao mundo.

O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si,
e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.

Normalmente, nesta fase, a vida exige uma direção. Ela cobra uma resposta para que você mostre a sua bagagem. Se, antigamente, a atividade profissional se dava como continuidade da história familiar, atualmente, somos mais livres para definir nossa atuação,  - o que muitas vezes aumenta a angústia e insegurança da escolha -, resultado da ampliação da nossa consciência enquanto desenvolvimento humano durantes várias épocas, para assumirmos nossa liberdade, como meta num desenvolvimento cósmico.
E, se por um lado temos a liberdade, por outro, temos o vigor demonstrado pela  imagem do guerreiro conquistador, que caracteriza este período, e que com esse vigor busca colocar sua marca no mundo.
Qual é sua marca? O que define a sua marca? Qual é a sua assinatura na obra que tem realizado ? De onde vem esse impulso para colocar a sua individualidade no mundo ?
Há um mundo fora e um mundo dentro que deseja se unificar nesta fase em que o vigor de fora e a liberdade de dentro, se manifestam intensamente.
Se há uma força levando a organizar o mundo há também uma força levando o  mundo a  organizá-lo.
Forças poderosas estão disponibilizadas para o ser humano nesta época em que o intelecto e os sentimentos estão tão potentes, em que forma e fluidez se deparam.
Como essas forças se manifestam ?
As forças ligadas ao estímulo da fluidez, são aquelas que se conectam com o mundo interior, seja religioso ou não, e que desconsideram o mundo prático, concreto e das conquistas de recursos para a subsistência física. Movem as  pessoas que fogem das regras e limitações e que buscam sua expressão na informalidade. 
Já as forças ligadas ao estímulo da forma são aquelas que se conectam ao mundo exterior e a conquistar todos os recursos através do mundo material, para atender suas necessidades imediatas, e desprezam todo o movimento íntimo. Movem as pessoas que buscam estabelecer as regras, criar normas, formalizar ideias.
Os dois princípios são poderosos e cada um deles tem motivações bem peculiares e servem a propósitos bem definidos. E, da mesma maneira que a fluidez nos leva ao desenvolvimento através da espiritualidade e arte, a forma nos leva ao desenvolvimento através da ciência e pensar reflexivo.
Enquanto essas forças se desenvolverem unilateralmente, maior será o conflito. Seja ele entre grupos, seja ele numa relação, seja ele em si próprio.
Para lidar com essas forças é que se faz necessário, nesta época da vida, desenvolvermos a alma da índole e intelecto ou alma do sentimento racional. Precisamos de sensibilidade para lidar com a razão e precisamos de firmeza para lidar com o coração.
Através desse desenvolvimento conectamos com nossa essência solar e nos mantemos no caminho do meio.
Ninguém disse que era fácil, né ? E você, a quais princípios  serve ou serviu com seu vigor e liberdade?

Olivia Gonzalez
Terapeuta corporal, floral e aconselhadora biográfica

  

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Eu sou amor


Eu. Eu sou. Eu sou eu. Eu sou o resultado sagrado de uma boa, bela e verdadeira escultura Divina. Eu sou intocado nesta sacralidade. Eu sou a individualidade que trago no coração os liames Divinos. Eu sou aquele que precisa aprender caminho afora que o haurir o Divino do coração é tarefa árdua, que exige passos fundos, calor inquietante, determinação inquebrantável. Eu sou o ser que vinculado ao todo percorre os caminhos do cosmos mobilizado pelo dever de ser finalmente LIVRE. Eu sou a liberdade de escolher o caminho da liberdade. Eu aprendo que preciso prosseguir para o infinito. Eu compreendo que todos são livres neste caminho do libertar-se a cada momento. Eu me liberto dos medos e ilusões a cada passo que dou vinculado na consciência de mim mesmo com todas as conexões que inexoravelmente trago de tantos e tantos caminhos percorridos. Eu sou a força do mar, a fúria do vento, a brandura do pássaro voando no ar, a insinuante presença do peixe nas profundezas das águas do oceano, o calor que brilha no sol, o olhar do felino que define seu alvo para sobreviver, a sorrateira presença do réptil que se desliza junto à sua leveza firme, a respiração que a longos haustos inspira e expira o dentro e o fora, a magia da terra que desabrocha a partir de si toda a semente que sempre se renova, as raízes que no subterrâneo se entrelaçam para se fixarem melhor e fortemente, escolhas que me direcionam caminhos adentro rumo ao necessário aprendizado que é requerido para a evolução, para a transformação do chumbo em ouro.
Eu sou a capacidade de assumir sair do velho, do pretensamente acomodado, e que adentrando-me no novo, resgato o quê de repouso tornar-se -á movimento e que de estagnado transformar-se-á no renovar-se de mim mesmo e do outro.
Eu sou único nesta inteireza ímpar e perfeita porque eu sou originário da Fonte Divina. Eu sou único dentro do multiplicar-se dos outros que se somam à minha presença, enquanto que eu me expando aos outros nos quais também eu sou.
Eu sou o conhecimento do pleno que vive em mim. Eu sou a sabedoria que a mim é direcionada perene e eternamente. Eu sou luz que de tão intensa perdura e emana-se adiante sempre.
Eu sou o crescimento do impulso do integrar-se. Eu sou união. Eu acredito na força do ser na ausculta do silêncio que habita a inquietude.
Eu sou a música das esferas que ressoa vibrante por entre todos os entes dos universos transportando toda a vida que Eu Sou.
Eu Sou Amor.


Ana Maria Silva
Médica - CRMSP 60182

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Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

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