
'E quero crer no
reino que existe em mim.'
R.Steiner
A vida vai acontecendo uma
etapa seguida da outra e, na jornada da vida você já constituiu seu corpo
físico, já se deparou com crenças e adquiriu valores, criou sonhos e defendeu
seus ideais, se lançou no mundo à busca de se munir com habilidades para atuar,
e, agora, descobriu que tem um mundo inteiro a conquistar.
Esse parece ser o ímpeto com
o qual chegamos ao 5º setênio, que abarca dos 28 aos 35 anos de idade.
No decorrer desses anos
foi-se adquirindo bagagem para chegar nesta etapa em que nossos atos estão
inteiramente sob nossa responsabilidade. Embora haja aquele que busca se
esquivar, a vida exige um maior comprometimento com o que quer que seja o que
estiver fazendo.
Não por acaso esta setênio
inicia com um questionamento sobre nossos talentos e a serviço de quê os
colocaremos.
Esta é a etapa da vida em
que a conquista do mundo se dá através do que estiver realizando ou da maneira
como estiver respondendo ao mundo.
O homem está condenado a ser livre,
condenado porque ele não criou a si,
e ainda assim é livre. Pois tão logo é
atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.
Normalmente, nesta fase, a
vida exige uma direção. Ela cobra uma resposta para que você mostre a sua
bagagem. Se, antigamente, a atividade profissional se dava como continuidade da
história familiar, atualmente, somos mais livres para definir nossa
atuação, - o que muitas vezes aumenta a
angústia e insegurança da escolha -, resultado da ampliação da nossa
consciência enquanto desenvolvimento humano durantes várias épocas, para
assumirmos nossa liberdade, como meta num desenvolvimento cósmico.
E, se por um lado temos a
liberdade, por outro, temos o vigor demonstrado pela imagem do guerreiro conquistador, que
caracteriza este período, e que com esse vigor busca colocar sua marca no
mundo.
Qual é sua marca? O que
define a sua marca? Qual é a sua assinatura na obra que tem realizado ? De onde
vem esse impulso para colocar a sua individualidade no mundo ?
Há um mundo fora e um mundo
dentro que deseja se unificar nesta fase em que o vigor de fora e a liberdade
de dentro, se manifestam intensamente.
Se há uma força levando a
organizar o mundo há também uma força levando o
mundo a organizá-lo.
Forças poderosas estão
disponibilizadas para o ser humano nesta época em que o intelecto e os sentimentos
estão tão potentes, em que forma e fluidez se deparam.
Como essas forças se
manifestam ?
As forças ligadas ao
estímulo da fluidez, são aquelas que se conectam com o mundo interior, seja
religioso ou não, e que desconsideram o mundo prático, concreto e das
conquistas de recursos para a subsistência física. Movem as pessoas que fogem das regras e limitações e
que buscam sua expressão na informalidade.
Já as forças ligadas ao
estímulo da forma são aquelas que se conectam ao mundo exterior e a conquistar
todos os recursos através do mundo material, para atender suas necessidades
imediatas, e desprezam todo o movimento íntimo. Movem as pessoas que buscam
estabelecer as regras, criar normas, formalizar ideias.
Os dois princípios são
poderosos e cada um deles tem motivações bem peculiares e servem a propósitos
bem definidos. E, da mesma maneira que a fluidez
nos leva ao desenvolvimento através da espiritualidade e arte, a forma nos leva ao desenvolvimento
através da ciência e pensar reflexivo.
Enquanto essas forças se
desenvolverem unilateralmente, maior será o conflito. Seja ele entre grupos,
seja ele numa relação, seja ele em si próprio.
Para lidar com essas forças
é que se faz necessário, nesta época da vida, desenvolvermos a alma da índole e
intelecto ou alma do sentimento racional. Precisamos de sensibilidade para
lidar com a razão e precisamos de firmeza para lidar com o coração.
Através desse
desenvolvimento conectamos com nossa essência solar e nos mantemos no caminho
do meio.
Ninguém disse que era fácil,
né ? E você, a quais princípios serve ou
serviu com seu vigor e liberdade?
Olivia Gonzalez
Terapeuta corporal, floral e aconselhadora biográfica
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