quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

A fase das emoções e a carreira


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O quarto setênio refere-se ao período dos 21 aos 28 anos. É a fase da experimentação, oportunidade de sentir o que atrai profissionalmente. É o momento também em que o jovem ingressa inteiramente no mundo dos adultos, assumindo mais responsabilidades e escolhas.   
O centauro é o arquétipo trazido pelos gregos para representar este ciclo, o símbolo metade homem e metade cavalo, evidência a necessidade de aprendizagem das emoções.   
Há aqui energia, vitalidade, conhecimentos adquiridos através de leituras, cursos, faculdade e existe também um grande espaço para a prática de habilidades técnicas.
Por um outro lado, o domínio do conteúdo técnico não é suficiente por si só, há um desafio para equilibrar os altos e baixos das emoções, gerada por uma instabilidade emocional que precisa ser cuidada.
Enxergo que a importância da inteligência emocional vai ficando ainda mais forte atualmente, considerando que cada vez mais cedo jovens estão empreendendo e assumindo posições que lhe demandam mais e mais, em seus próprios negócios, empresas tradicionais e startups.   
Ter projetos com resultados mensuráveis contribui para que o jovem vá se apropriando de seu desempenho, o que vai ganhando ainda mais potência com o apoio de um outro profissional que possa ir lhe dando orientações técnicas e comportamentais.
É comum a insegurança e uma maior fragilidade diante de críticas, por isto feedbacks conduzidos com assertividade por meio de uma comunicação não violenta, contribuem para dar mais clareza ao profissional, o que vai trazendo de forma gradativa mais segurança interna.   
O feedback é uma forma de comunicar os acertos e melhorias, o que na verdade é importante em todas fases, mas nesta ainda mais, pois traz um norte, uma referência de que caminho seguir, como uma bússola para um viajante que necessita de direção.
O final deste setênio, é marcado por uma crise interior, chamada de crise dos talentos, o qual cada um vivenciará com uma intensidade e de uma forma. Esta crise vem como uma oportunidade para olhar para os talentos com mais consciência e vem acompanhado por uma pergunta:
O que eu faço com os meus talentos daqui para frente?
Cada fase da vida vivenciamos uma grande questão, esta é a que permeia os 28 anos.
Minha crise dos talentos aconteceu enquanto eu trabalhava como funcionária no meio organizacional, comecei a sentir uma grande insatisfação, pois tinha percepção que minha inquietação não se resolveria indo para uma nova empresa. Era algo mais profundo, eu precisava me reencontrar,  relembrar por que eu havia escolhido psicologia como formação, quais talentos eu tinha e como poderia usá-los, mas talvez de uma nova forma. Foi um momento de dúvida e que bom que eu vivi esta crise, me permitiu fazer novas escolhas na minha carreira.
Para fechar este texto, gostaria de compartilhar uma parábola que descreve muito bem a importância dos talentos.
“Um senhor tinha três servos, aos quais deu dez talentos (moedas de prata); dez para cada um. O primeiro esbanjou o dinheiro; o segundo enterrou o dinheiro; e o terceiro o aplicou. Após um ano, os três voltaram ao senhor: o primeiro, de mãos vazias; o segundo desenterrou o dinheiro e voltou com a mesma quantia; e o terceiro, que aplicou o dinheiro, voltou com uma quantia bem maior”.
E você, como está aplicando seus talentos?

Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista

www.lotustalentos.com.br

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