quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O Eu – a independência e a crise de talento


Nascimento do Eu, momento de direcionar nossos desejos.
Nesta fase nossas emoções oscilam muito. Somos muito sensíveis as críticas, tanto positivas quanto negativas.
Temos que fazer uma reflexão sobre “como eu vivencio o mundo”?
Nesta fase estamos numa grande fase de experimentação, principalmente de limites.
O ser humano, nesta fase, depende muito da aprovação de fora, e funciona em altos e baixos, deixando-se influenciar pelo externo, e a luta é não se deixar impregnar demasiadamente, paralisar ou impedir-se de viver emoções - neste período a vida está para isto. São momentos fortes, onde temos que pesar e refletir sobre o que herdamos, olhar para o que ganhamos e o que temos, e avaliar deste patamar o que serve aos nossos propósitos de vida, o que devemos incrementar e do que podemos abrir mão – valores que nos serviam até então, mas que a partir de agora podem impedir nossa própria evolução, assim como uma roupa fora de moda, que não combina ou não cabe mais.
Olhando o que recebemos, devemos avaliar o que pode e o que deve ser mudado em favor do nosso próprio caminhar.

A Crise dos Talentos
No quarto setênio, dos 21 anos aos 28 anos, experimentamos a "crise dos talentos". É quando buscamos novas experiências exteriores como: viajar e estudar fora, enfrentamos o dilema da profissão ideal e daí vai surgindo o desejo de independência, de sair dos padrões já apreendidos e conhecidos e arriscar os próprios valores internalizados.
Aos 21 anos, o “Eu” começa realmente a se formar. Uma parte suprassensível do ser humano, mais exterior, é acordada, e é aquela que está em contato com o mundo exterior – e por isso mesmo, muito mais impressionável por ele.
Nossa história começa a ser traçada, pois começamos a trilhar nosso caminho, fazendo escolhas. Escolher uma profissão, um parceiro(a). Inicia-se uma fase de emancipação em todos os níveis, tendo como pano de fundo as experiências dos três primeiros setênios anteriores.
Comigo as crises profissionais me ajudaram a crescer e me desenvolver quando dentro da própria Psicologia fui escolhendo outras áreas de atuação. No final da faculdade e no início da minha vida profissional atuava como acompanhante terapêutica (A.T.) de pacientes graves e psicóticos. Após alguns questionamentos fui me especializar e trabalhar em atendimento a crianças vítimas de violência física e sexual e fui me interessando muito pelo cuidado da infância. Aí me casei, engravidei, minha primeira filha nasceu.  Após o nascimento dela veio a dúvida em qual escola devo colocá-la? Pesquisei bastante até chegar na escola Waldorf, algo completamente novo para mim, pois minhas referências familiares foram marcadas por opções tradicionais. E foi a partir de então que conheci a Antroposofia e muita coisa mudou e uma maior compreensão da vida e de seus processos abriu-se para mim.

Flavia N. De Domenico

flavia.domenico@gmail.com

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