Nascimento do Eu, momento de
direcionar nossos desejos.
Nesta fase nossas emoções
oscilam muito. Somos muito sensíveis as críticas, tanto positivas quanto
negativas.
Temos que fazer uma reflexão
sobre “como eu vivencio o mundo”?
Nesta fase estamos numa
grande fase de experimentação, principalmente de limites.
O
ser humano, nesta fase, depende muito da aprovação de fora, e funciona em altos
e baixos, deixando-se influenciar pelo externo, e a luta é não se deixar
impregnar demasiadamente, paralisar ou impedir-se de viver emoções - neste
período a vida está para isto. São momentos fortes, onde temos que pesar e
refletir sobre o que herdamos, olhar para o que ganhamos e o que temos, e
avaliar deste patamar o que serve aos nossos propósitos de vida, o que devemos
incrementar e do que podemos abrir mão – valores que nos serviam até então, mas
que a partir de agora podem impedir nossa própria evolução, assim como uma
roupa fora de moda, que não combina ou não cabe mais.
Olhando o que recebemos,
devemos avaliar o que pode e o que deve ser mudado em favor do nosso próprio
caminhar.
A
Crise dos Talentos
No quarto setênio, dos 21 anos
aos 28 anos, experimentamos a "crise dos talentos". É quando buscamos
novas experiências exteriores como: viajar e estudar fora, enfrentamos o dilema
da profissão ideal e daí vai surgindo o desejo de independência, de sair dos
padrões já apreendidos e conhecidos e arriscar os próprios valores internalizados.
Aos 21 anos, o “Eu” começa
realmente a se formar. Uma parte suprassensível do ser humano, mais exterior, é
acordada, e é aquela que está em contato com o mundo exterior – e por isso
mesmo, muito mais impressionável por ele.
Nossa história começa a ser
traçada, pois começamos a trilhar nosso caminho, fazendo escolhas. Escolher uma
profissão, um parceiro(a). Inicia-se uma fase de emancipação em todos os
níveis, tendo como pano de fundo as experiências dos três primeiros setênios
anteriores.
Comigo as crises
profissionais me ajudaram a crescer e me desenvolver quando dentro da própria Psicologia
fui escolhendo outras áreas de atuação. No final da faculdade e no início da
minha vida profissional atuava como acompanhante terapêutica (A.T.) de
pacientes graves e psicóticos. Após alguns questionamentos fui me especializar
e trabalhar em atendimento a crianças vítimas de violência física e sexual e
fui me interessando muito pelo cuidado da infância. Aí me casei, engravidei,
minha primeira filha nasceu. Após o
nascimento dela veio a dúvida em qual escola devo colocá-la? Pesquisei bastante
até chegar na escola Waldorf, algo completamente novo para mim, pois minhas
referências familiares foram marcadas por opções tradicionais. E foi a partir
de então que conheci a Antroposofia e muita coisa mudou e uma maior compreensão
da vida e de seus processos abriu-se para mim.
Flavia N. De Domenico
flavia.domenico@gmail.com
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