Há muito tempo, em um parque ecológico,
um lugar muito agradável, que atraia muitas pessoas a procura de um contato com
a natureza, existia uma grande árvore centenária.
Ela se lembra do dia em que a
pequena árvore da mesma espécie que a sua, foi plantada. Talvez um pouco mais
ou um pouco menos, certamente entre 42 a
49 anos.
Naquela tarde, tudo estava tranquilo,
apenas o som dos passarinhos em revoada , quando o silêncio do parque foi
preenchido por um choro compulsivo.
Preocupada, pergunta a vizinha:
- Que acontece querida amiga?
- Minhas folhas caem
incessantemente e meus galhos secaram, me sinto sem vitalidade, tenho medo de
morrer, respondeu.
A árvore centenária diz do alto
de sua sabedoria:
- Fique tranquila, estamos no Outono,
e as folhas caem para ajudá-la a viver mais e ampliar sua criatividade.
- Como assim? Olhe para mim:
Meu casco está seco e muito rugoso. Já não consigo me mover com tanta flexibilidade.
- É importante entender e respeitar os ciclos
da vida (primavera, verão, outono, inverno), comentou a árvore centenária.
- Fico triste de ver minhas
folhas indo embora.
- Minha cara amiga, concordo contigo.Muitas
folhas perdi e chorei solitária e silenciosamente por saber o quanto essa parte
de mim me foi importante por tanto tempo. Difícil despedir. Porém,ao longo dos anos
percebi que é necessário deixar ir, para sobreviver na próxima estação.
As folhas se queimariam com o
frio do inverno e impediriam desta forma, a nossa respiração, o que seria nosso
fim.
- Me sinto infeliz com essas
mudanças físicas. Para onde foi toda aquela força e vitalidade do verão?
- O que pode parecer uma perda,
é um ganho de qualidade de vida.
- É preciso entregar, deixar ir
o que não serve mais para proteger o que é essencial.
- Como encontrar o que é
essencial?
- Comece abençoando essa
criança que brinca nos seus galhos.
A pequena árvore estava tão introspectiva
olhando apenas para suas perdas que não percebera a alegria e a emoção de uma
criança que subia com esforço e dificuldade em seus galhos.
Pela primeira vez, exalou
bem-estar e a seiva dentro de si correu em seus veios com fluidez e leveza,
como nos áureos tempos do verão, e essa sensação surgiu por sentir-se útil a
humanidade.
E você o que precisa deixar ir?
Rose Camargo
Psicóloga, Aconselhadora
Biográfica, Facilitadora de Constelações Familiares e Barras de Acess
Que texto lindo!
ResponderExcluirQual a sua cidade? Interessada em fazer contato para barra de acesso
ResponderExcluirA cidade da Rose é São Paulo! E vc pode acessá-la pela página no Facebook @rosecamargo
ExcluirLIndo Texto. Parabéns!
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