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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Para a travessia


"A vida humana consiste em três fases: vinte anos para aprender, vinte anos para lutar e vinte anos para atingir a sabedoria"
(provérbio chinês).

Cada momento da vida nos pede e nos dá coisas importantes. E saber reconhecer o que ganhamos e o que temos, pode facilitar lidar com aquilo que nos é solicitado.
Num processo de aconselhamento biográfico, quando é possível desdobrar as páginas da própria história e reconhecer as entrelinhas, podemos encontrar muitos desafios e, também, nos deparar com preciosidades.

Quantas vezes olhar para si mesmo gera um frio na barriga, dores de cabeça, vontade de fugir ? E, quantas vezes, depois de atravessar o percurso difícil, não nos deparamos com um cenário interno compensador, e nos orgulhamos da coragem e da persistência daquela penosa fase do caminho...? Se superar é de um prazer indescritível. Só de pensar, me vem um sorriso!

E lá, entre os 35 e 42 anos, temos um momento bem particular. Se, por um lado chegamos naquela época quando, dizem, a vida começa, por outro, nos deparamos com a diminuição da nossa vitalidade. Mas antes ou apesar disso, ninguém mais tem dúvida de que, de fato, nos tornamos adultos. Porque a esta altura do campeonato, como não poderia deixar de ser, temos a posse de nós mesmos e de nossas responsabilidades.

Estamos no período daqueles vinte anos destinados a lutar. Os últimos sete.

E por isso mesmo, nossa luta nesse período consiste mais em consolidar o que conquistamos. Daí pressupomos que algumas coisas já foram definidas, que já reconhecemos algumas conquistas e o lugar que ocupamos no mundo. Sim; embora não definitivamente, já que a vida é movimento e desenvolvimento.

E,  para que esse impulso se mantenha dinâmico, é que surgem  perguntas como: é para isso mesmo que estou aqui ? essa é a minha tarefa?

Ali por volta dos 37 anos, nosso ser essencial pode ser despertado, quando nos questionamos se o que estamos fazendo, da forma como realizamos é aquilo mesmo que nos preenche, aquilo que tem sentido na nossa existência. Qual é a intensidade do incômodo? Qual é a intensidade da sensação de que 'está faltando alguma coisa...'?! Essa é a medida que nos leva às mudanças que precisamos realizar.

Bem, para isso servem as nossas crises: para nos mobilizar para os ajustes necessários. Por isso mesmo são oportunidades tão ricas! Algo neste período nos desperta para buscar o que é essencial no mundo, no outro, em nós mesmos.  Algo que está por vir mais intensamente, mas que pulsa agora. Como um lembrete, como uma preparação. Preparação para a travessia do próximo portal, já que estamos nos últimos sete anos da fase da luta, como diz o provérbio chinês.

E agora, nesta fase, nossas habilidades sociais merecem um pouco mais de atenção, e precisamos nos esforçar para transformar a crítica em auto crítica,  fazer um balanço do que foi conquistado e de como conquistamos, e resgatar algo de valoroso que vivenciamos no começo de nossa existência, em família: a formação e constituição dos vínculos.
Neste momento se projetam as vivências - transformadas ou a serem transformadas -, já que nos são ofertadas condições para fazermos do nosso jeito, do jeito único que somos capazes de fazer e moldar as nossas próprias relações, uma vez que temos a posse de nós mesmos.

Isso tudo nos leva a rever as formas com as quais aprendemos a nos relacionar e a atualizar a nossa compreensão das 'coisas' vividas.
É hora de tomar nas mãos a rédea do que pensamos e sentimos, e assumir como nossa a orientação que queremos e que damos aos acontecimentos da vida, com o respeito que consideramos valer a pena, também, sermos tratados. Daí a imagem representativa desta época ser a do ser humano a pé, ao lado do cavalo.

Todos estes eventos, de importância mais interna do que externa, é o que nos impulsiona para a maneira como chegaremos no próximo portal da existência, aos 42 anos.
Se aos 21 anos atravessamos o portal do 'EU', como consciência individual, aos 42 atravessaremos o portal da consciência social. E que este último setênio nos contemple com boas oportunidades para desenvolvermos nossas habilidades sociais!

Olivia Gonzalez
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal, terapeuta floral e astróloga

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

O despertar do Ser único no mundo


Aos 21 anos se dá o nascimento da alma individualizada.
Até esse momento, o EU estava tomado pela construção do instrumento físico, o corpo, agora, a partir dos 21 anos, o EU está focado no amadurecimento psíquico.
Neste 4º setênio, que se dá dos 21 aos 28 anos, aflora-se nossas emoções e sensações. É a fase que nomeamos, metaforicamente, como centauro, aquela imagem da mitologia que é metade homem e metade cavalo, passando a ideia de que somos o cavaleiro na vida, que vai aprendendo a puxar e controlar as rédeas de seu cavalo ainda bravo.
É uma fase de muita experimentação. Caímos e levantamos psicologicamente, tal como acontece com a criança que está aprendendo a andar.
Momento importante para aprender experimentando, acertando e errando, correndo riscos.
Somos tomados por ideias e acreditamos que tudo é possível, inclusive mudar o mundo.
O eu quer aparecer, brilhar, mas também sofre por ainda estar muito preso às expectativas dos outros em relação aos papéis que exerce na vida (como a boa filha, o bom profissional...), que seriam as máscaras / personas desenvolvidas, apresentando ainda uma grande necessidade de aceitação social.
Nessa fase, muitas pessoas que tiveram oportunidade, geralmente estão saindo da faculdade, conquistando seu papel profissional e novas habilidades técnicas. Aprendendo a lidar com chefes, a criar novos círculos sociais...alguns já casaram e até já tem filhos.
Falando um pouco de mim nessa fase...
Com 22 anos me formei em psicologia pela Universidade federal do Espírito Santo. Tive meu primeiro emprego depois de formada e também uma demissão, que resultou em mudança de rota e minha ida para Índia, onde fiquei por 1 ano. No retorno da Índia, mudei de Vitória para São Paulo, trabalhei em duas empresas diferentes, aprimorei minhas habilidades técnicas na área de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações. Me casei. Aumentei muito meu círculo de amizades e conhecimento. Foi realmente um período de viver muito o mundo, de me experimentar, arriscar, desbravar novos mundos e desenvolver novas habilidades. Percebo como um período crucial da construção da minha biografia e sou muito grata por ter tido todas essas oportunidades que me permitiram viver esse setênio na sua maior potência. Se eu pudesse falar desse período através de uma cor, escolheria a cor verde, que me lembra assertividade, ação e tomada de decisão.
A vivência de cada setênio pode mudar de acordo com a realidade e os privilégios que cada um tem, mas de uma forma geral, os 21 aos 28 anos é uma fase na qual as pessoas vão mais para o mundo com a sua mochila nas costas.
E se torna um momento muito importante para olhar para o que se tem nessa mochila.
O que carregamos da nossa infância e adolescência.
Aqui começa a ser escrita a biografia interna (o que realmente desejamos, intuímos, queremos realizar) e a biografia externa (o que a vida exige de nós).
Adquirimos a nossa “maioridade”, a capacidade plena de assumir responsabilidade na vida.
Hora de libertar-se dos padrões, principalmente os paterno e materno que recebemos pela educação, saindo do lugar da criança e de relação de dependência e nos colocarmos no lugar de adulto e responsável pela própria história.
Hora de olhar para as pedras preciosas que carregamos, como valores, talentos e aprendizados, e também para os objetos pesados que trazemos que não nos servem mais, como crenças e rótulos que nos limitam, aprendidos principalmente no 2º setênio (7 aos 14 anos), e que agora podemos deixar ir.
E você, já parou para revisitar esse seu setênio? Como você vivenciou ou tem vivenciado o mundo dos 21 aos 28 anos? Qual cor tem esse seu período? O que tem/tinha na sua mochila? Como a sua alma está mostrando a sua individualização no mundo?

Marcela Lempé Madruga
Psicóloga e Coach

Facilitadora do desenvolvimento humano, apaixonada por autoconhecimento e experiências que ampliem a consciência. Mais sobre mim: www.essenciadesenvolvimento.com.br / https://medium.com/@marcelalempe

Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

Casa da Antroposofia ZN Rua Guajurus, 222 Jardim São Paulo (11) 35699600