As emoções, já não nos
assolam tanto com atos impulsivos, como no setênio anterior, representado pelo
arquétipo do centauro. Neste setênio o centauro se transforma em um cavaleiro, demonstrando
mais as rédeas de suas emoções.
A razão começa dominar mais
os impulsos, agora é possível ponderar mais as tomadas de decisões. E o desafio
aqui é desenvolver tolerância e interesse pelos outros, ao mesmo tempo em que vive-se
o auge da ambição, desejo por status e prestígio, conciliando a busca do
próprio espaço sem ferir o espaço do outro.
Estamos em uma fase da vida que,
para muitos, é permeada por realizações e conquistas. As competências de
organização e planejamento estão bem fortalecidas e poderão contribuir muito para
galgar novas posições na carreira.
Gerenciamento de pessoas,
ainda demanda algumas lapidações, já que a segurança interior possui forte
alicerce no conhecimento técnico, gerando o conflito entre delegar
responsabilidades reais ou apenas tarefas, para desta forma, até de maneira inconsciente,
manter o controle para si.
Há um grande espaço para ir
além da posição daquele que conquista resultados a partir das próprias ideias, para
a abertura para o outro através da escuta, construindo como líder espaços mais
participativos, com soluções construídas e não impostas.
Com o amadurecimento das
habilidades sociais, o profissional começa envolver mais as pessoas em seus
processos decisórios. Saber como falar, ouvir genuinamente, perceber o que está
por trás e nas entrelinhas das situações fazem parte do autodesenvolvimento
desta fase.
Inicia-se também a
diferenciação entre Ter e Ser, sendo a dimensão do Ter mais voltado para status,
prestígio e construção e aquisição de “coisas”. E o Ser mais ligado ao sutil, a
espiritualidade e a qualidade das relações consigo e com o outro. Conquistar o
equilíbrio entre estas duas dimensões, propiciam ao indivíduo uma atuação mais
congruente e decisões mais sustentáveis.
O caminho pela busca do autoconhecimento
começa a ficar mais forte. Vai emergindo um desejo maior de compreender, por
exemplo:
Por que reajo de determinada
maneira diante das situações?
Qual meu papel nos espaços
em que estou inserido?
Quais são meus valores?
Por volta dos 30 aos 33,
vivenciamos uma intensa revisão interna, como um convite do que precisa ser
deixado para que um novo possa surgir. É comum neste período termos eventos
marcantes que nos fazem olhar a vida com mais profundidade e através de uma
lente mais sutil.
Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista.
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