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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A atuação do “Eu” espiritual sobre o perdão

Inicialmente para falar de Perdão e “Eu”, temos que diferenciar o “Eu” individual, cotidiano, egóico, comum, que está intimamente ligado ao Ego, do “Eu” superior, espiritual, luminoso, aquele que vive no mundo espiritual, guardado pelo nosso Anjo da Guarda.

Este “Eu” superior atua sempre num sentido positivo, e de proporcionar o crescimento e evolução, não somente ao “Eu” individual, mas aos outros corpos, físico, etérico e astral, que constituem o ser humano.
Esta é a Lei Pedagógica, Rudolf Steiner diz em sua conferência do Curso de Pedagogia Curativa que, a influência positiva do “Eu” espiritual só pode ser exercida do corpo superior para o corpo inferior, nunca no sentido contrário, quando isso acontece o “Eu” superior se retira e nós ficamos a mercê do Ego junto com o corpo astral ou do corpo etérico junto com o corpo físico.
O “Eu” cotidiano está intimamente ligado ao corpo astral, que é o corpo onde se manifesta nossa simpatia ou antipatia frente à determinada pessoa ou situação. Assim quando nos aborrecemos com determinada pessoa ou situação, nós devemos conscientemente nos deixar sermos permeados, mesmo que parcialmente pelo “Eu” superior e desenvolver a força da empatia em relação à pessoa que nos aborreceu, isto é, deixar que o nosso “Eu” espiritual atue, mesmo que parcialmente e nos faça enxergar a situação de diversas maneiras, entendendo os motivos e sofrimentos que fizeram a pessoa agir da maneira inadequada, do que aplicar o juízo crítico imediatamente e precipitadamente. 
Assim se abre a possibilidade do perdão sincero, sem sermos arrogantes ou soberbos, para a pessoa que nos aborreceu.
Através da atuação do “Eu” luminoso, sobre o perdão, abre-se a possibilidade de adquirirmos novas capacidades para nosso “Eu” cotidiano junto com o corpo astral, como a do esquecimento dos fatos ruins, maior tolerância com os outros indivíduos, enxergar as lições que foram apreendidas com esse aborrecimento e ainda sentir a gratidão por tudo que aconteceu, pois possibilitou nosso crescimento espiritual.
Esse perdão sincero advindo do “Eu” superior também traz evolução aos corpos etérico e físico, ele proporciona uma purificação do corpo etérico que pode ser nutrido pelas forças vitais macrocósmicas emanadas pelo Cristo, isto dá força e vitalidade para o corpo físico e para a alma de quem perdoou, ainda que não tenha tido uma contemplação clarividente do Cristo, ele poderá proporcionar que outras individualidades, através de seu intermédio, tenham uma experiência do Cristo no etérico.
Portanto, a atuação do “Eu” superior no perdão é o caminho direto e seguro para que o Cristo no etérico possa doar suas forças para nós e para toda a humanidade, até o momento de termos formados os órgãos necessários para uma vivência clarividente com “Ele”.
Para finalizar uma citação da Dra. Ana Paula I. Cury, em seu texto - Sobre o perdão ou para virar a página.
“Se formos humildes o bastante para abrir mão do papel de promotores da justiça, corajosos para assumir responsabilidade pela verdade dolorosa, e amorosos o suficiente para reafirmar a confiança no ser essencial de cada pessoa humana, acredito que experimentaremos uma radical transformação em nós mesmos e em nossas relações.”


Rita Paula Wey Nunes da Costa

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

ser ou não ser EU ?

                                              
A evolução da Terra, observada em épocas, tem paralelo com a evolução do ser humano.  E em cada uma das épocas evolutivas da Terra, o ser humano recebeu um dos membros de sua constituição, reconhecidos como corpo físico, etérico, astral e Eu.
Estamos, por assim dizer, equipados para a tarefa principal desta época atual  em que nos cabe desenvolver a Alma da Consciência.
Quando Cristo, o Eu Cósmico, encarnou em Jesus de Nazaré, nos deixou como legado a possibilidade de vivenciarmos 'a autoconsciência, a liberdade, a compaixão, o amor altruísta e a capacidade de perdoar.'[1]
Agora, mais do que nunca, a ampliação da consciência, esse exercício árduo a partir do autodesenvolvimento, é que permite a vivência do EU.
Temos a promessa e um longo caminho a trilhar.

"Em cada um de nós há um espaço interior que é preciso atravessar, observando atentamente o que está ali e onde." J. Lusseyran

E não é fácil nos mantermos nesse caminho de atenção e cuidado coerente com uma ética amorosa. Somos bombardeados por todos os lados, a todo e qualquer momento para não prestarmos atenção ao essencial, para não cuidarmos do sagrado em nós, seja pelo excesso de informações desnecessárias sobre a vida dos outros, que ao invés de nos inspirar nos distrai de uma atuação com propósito; ou seja  pela compulsão medicamentosa - pelas drogas em seus diversos graus e diferentes gêneros - recomendadas para um sem de números de estados distorcidos de ser quem é, para remendar (na maioria das vezes, ouso dizer!)  estados emocionais, criando atalhos para o árduo caminho de se reconhecer e aprender a lidar com o que é seu mais intimamente, com o seu espaço interior. Nesse espaço onde o EU deveria estar, onde poderia ser acessado. Mas esse espaço interior está sobrecarregado de imagens, sons, lembranças que pouco pertence a esse EU, que pertence a esse bombardeio a que nos expomos sem cuidado e que esquecemos de higienizar, frequentemente.
Nos deparamos aqui com duas fortes marés: a da era tecnológica, onde o reino mais material e frio se impõe, e a das drogas que inibe o contato com a dura e difícil realidade que vivemos. Este é um exemplo das forças adversas trabalhando contra a atuação do EU.
E embora não possamos fugir da época em que vivemos, nem negá-la, também não podemos ficar à mercê dessas marés.
E, para que isso seja diferente,  como nos disse J. Lusseyran: o nosso EU precisa de nós.
Mas, se o EU é o que há de mais essencial em cada um, como poderia ele precisar de  nós?
Pois é disso mesmo que precisamos falar, dos cuidados, da atenção que precisamos ter para que esse EU se fortaleça.
A base para o fortalecimento do Eu começa já na infância, através do vínculo duradouro  que confere a segurança interna e confiança na vida, e "o caminho para a sustentabilidade desse EU é construído através da convivência" como nos alerta Ute Craemer, em A sustentabilidade do EU.
Isso nos aponta tão extraordinariamente para o desenvolvimento social e para as redes que criamos.
Que espaço tem sido criado para que nessa convivência o espaço interior seja cultivado e celebrado ?
Quais são os impulsos gerados a partir dos encontros que tem realizado ?
"O EU tem condições próprias para crescer.  O Eu se nutre, se alimenta unicamente dos movimentos que faz" e ele "diminui, encolhe cada vez que não atua."[2]
Assim, se deixarmos nosso espaço interior ser inundado por marés adversas, ele poderá ser levado para longe do seu propósito.
E adentrar o portal do autoconhecimento é a escolha que melhor pode nos apoiar para o fortalecimento do EU, e a realização de nosso propósito. Já que isso implica em se apropriar e responsabilizar pelo que realiza, pelo que sente e pelo que pensa. 
Dessa forma, tendo como pilares da educação aprender a atuar, aprender a conviver, aprender a aprender, podemos oferecer a cada criança e jovem a oportunidade de se conhecer - exercício humano de refletir sobre si e dar significado as suas vivências, orientado pelo último pilar, que é aprender a Ser. Humano. Não apenas aceitando a ligação entre o princípio terreno e cósmico,  mas trabalhando conscientemente sobre essa ligação em si, sem se perder numa maré ou noutra.

Olivia Gonzalez
Terapeuta corporal, floral e aconselhadora biográfica



[1] Setzer, S - Enfermidade e Cura
[2] Lusseyran, J - Contra a poluição do EU

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O desenvolvimento da autoconsciência


Na cultura egípcia, 3000aC, não existia a palavra “eu”. A consciência era do grupo e não do indivíduo. Era um EU coletivo.
É na Grécia, quando nasce o intelecto, que se desperta a consciência do EU. Já dizia o filósofo Descartes: “Penso, logo existo”.
A partir daí damos grandes saltos na individualidade do Homem.
Acontece o despertar do mundo material, da ciência, da vida econômica, dos conhecimentos, dos pensamentos filosóficos...
Ao mesmo tempo, vamos perdendo gradativamente os vínculos com os mundos espirituais, a força do grupo, das tradições e o contato com a natureza.
Quando olhamos para a biografia do Ser Humano dentro da nossa cultura pelo olhar da Antroposofia, vemos que enquanto bebês e crianças, estamos muito mais conectados a nossa entidade espiritual do que a individuação do EU.
Será a partir dos setênios posteriores que nossa identidade irá nascer e assim iremos despertando essa consciência do EU.
Na essência espiritual, somos todos amor incondicional, somos uma coisa só, uma fonte divina.
Mas para atuarmos no mundo, criamos identidades, que seriam as nossas personas, nossas máscaras, nossos tons, sabores únicos, que se apresentarão pelo nosso pensar, sentir e agir.
E aí temos duas grandes tarefas aqui nesse mundo, uma é trabalhar essa personalidade para que esteja cada vez mais no seu campo saudável, alinhada com sua essência e, a outra, é aproximar-se dessa essência espiritual que é o retorno à fonte divina que está dentro de nós.
Sobre a essência espiritual, vou deixar para falar em outro momento. Agora gostaria de falar dessa essência da nossa personalidade, daquela que talvez conheçamos mais, seja pelo nosso próprio olhar, ou pelos olhares das pessoas que estão ao nosso redor, que servem de espelhos para nós.

Quem é você?

Quantas respostas diferentes você poderia dar para essa mesma pergunta?
Quais são as facetas do seu Ser?
Quais gosta mais e quais gosta menos?
Quais já deixou ir, quais se mantêm, e quais tem buscado transformar?
O que parece ser estrutural, aquilo que não muda, que você pode mudar de cidade, país, de amigos, parceiros, trabalho, mas percebe que está sempre ali, como uma tendência sua a agir e reagir no mundo?
Qual a sua luz única no mundo?
Se você deixasse de existir, o que o mundo estaria perdendo?
Perguntas para nos ajudar a voltar para dentro, a se olhar, rever e reconhecer.
E acima de tudo, se ACEITAR.
Cada ser é único na sua essência, mesmo que juntos, na fonte mais profunda, sejamos uma coisa só, AMOR.
O que mais tenho percebido nos processos de desenvolvimento pessoal que conduzo é uma grande falta de autoconhecimento e autoaceitação.
Não sabemos quem somos. Não nos reconhecemos. Não nos aceitamos.
E se agimos a partir desse não reconhecimento, estamos agindo da sombra, e assim nos conectaremos a outras sombras, cocriando realidades não saudáveis, a partir do medo, da raiva, da inveja, da dor...
Precisamos estar na luz! Precisamos conectar com a nossa essência, com a nossa verdade, a nossa fonte de amor para assim conectarmos com a luz do outro e cocriarmos realidades mais saudáveis e amorosas.
A evolução da consciência acontece quando sabemos reconhecer e conciliar com todas essas partes, luz e sombra, que existem dentro de nós, e, a partir daí, poder escolher de qual lugar queremos estar no mundo.
Que sejamos mais luz!

Marcela Lempé Madruga
Psicóloga e Coach

Facilitadora do desenvolvimento humano, apaixonada por autoconhecimento e experiências que ampliem a consciência. Mais sobre mim: www.essenciadesenvolvimento.com.br / https://medium.com/@marcelalempe

Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

Casa da Antroposofia ZN Rua Guajurus, 222 Jardim São Paulo (11) 35699600