sábado, 23 de novembro de 2019

Encerrando o outono


O nono setênio, esse período entre 56 e 63 anos é aquele em que começamos a reconhecer, de fato, que estamos envelhecendo.

Muitos contestarão dizendo que no passado era assim, mas agora vivemos mais e não estamos velhos nessa etapa da vida. Não, não estamos velhos, mas nos deparamos com o envelhecimento. E envelhecer, pelo menos para mim, é uma dádiva! Muitos não chegam a realizar esta etapa, ou porque faleceram antes ou porque se recusam a amadurecer no seu próprio tempo.
E quantos paradigmas criamos sobre o termo ‘envelhecer’ de maneira pejorativa ? Por que é preciso lutar contra o envelhecimento? Me parece, quase, como impedir o curso do rio. 
Numa época em que a juventude é tão glamourosa e se anseia em se manter nela, como lidamos com as mudanças?  E se evitamos essa etapa, como nos preparamos para ela? 
Tem sido comum ouvir “não quero envelhecer como meus pais” e, buscando reconhecer o que não se quer, ouço sobre  o afastamento dos amigos, da vida cultural, dos familiares, e a dificuldade em transitar pela cidade, seja pelo medo da violência ou pela restrição de movimentos. 
Quando tudo isso vai ficando mais próximo da própria realidade, é possível  se deparar com a necessidade de cuidar da vida de uma maneira diferente. 
Diferente no quê? Diferente no propósito, na essência. 
Esse tempo entre os 56 e 63 anos não é lá aquele período onde a quantidade se sobressai, mas a qualidade. Por isso, não é tanto quanto fazemos, mas como e para quê fazemos. A vida vai ficando mais preciosa e as vivências e aprendizados assumem maior importância, não no sentido de ter razão ou se impor, mas de compartilhamento e semeadura.
Chegar ao 9º setênio é como alcançar o topo de um morro. E dependendo de como vivemos até aqui, podemos chegar bastante cansados no topo desse morro!
Então em um dos  passos dessa caminhada, ao considerar  a saúde física, cada vez mais delicada, podemos ponderar: Como a vitalidade foi cuidada ? 
Mas o cansaço nem sempre é físico e a falta de ânimo que essa fase pode trazer por tudo o que já foi citado: afastamento das relações, empobrecimento da vida cultural, restrições da mobilidade - pode se caracterizar numa depressão. E noutro passo, vale refletir: Como os sentimentos foram elaborados ? 
“Hipocondria não é apenas uma característica do ser humano que envelhece; ela surge exatamente porque ele não consegue envelhecer de forma sadia.” Rudolf Treichler.
Do alto desse morro, ao olhar para o percurso que percorremos também somos levados a checar o propósito da nossa existência, a reconsiderar quais foram as sementes que espalhamos, o que nos impulsionou nesse caminho, e os frutos que produzimos. 
As leis biográficas que alcançam até os 63 anos não determinam o fim da existência. E significam que a partir dessa idade há uma mudança ainda mais significativa no propósito da vida. Vc atravessa um novo portal, assim como aos 21 anos vc se depara com sua autonomia e ganha o mundo, e aos 42 anos ganha uma consciência mais clara sobre si e o mundo. Mas não é uma chave virada, é um virar a chave. É processo. Não acontece da noite para o dia.
Enquanto transitamos pelo 9º setênio, podemos repassar nossas lições - para nós e para os outros - até porque aprendemos melhor quando ensinamos e podemos resgatar o que nos sustentou, e o que se revela essencial. 
Se ‘o que a gente leva da vida é a vida que a gente leva’, chegamos naquela fase em que é preciso considerar nossa bagagem com essa qualidade. E a partir do que é valioso, daquilo que vivemos e aprendemos, revigorar a semente adquirindo novas habilidades para criar uma história desatada do passado, nos habilitando para criar uma nova missão com a sabedoria depurada. Esta época abre a oportunidade para nos conectarmos com o que é essencial para nós, para nos conectarmos com nossas sementes, como os potenciais que foram usados e aqueles que precisaram esperar um nova oportunidade (talvez como esta agora) para vicejar ou aquelas que foram abafadas, suprimidas e nem se sabe ainda se sobreviverão, ou o esforço que nos exigirão.   
Chegamos ao topo do morro. E o que se vê dali?
A vida em vc mesma, introspectivamente.
Fechamos os olhos e revemos a vida em si mesmo.  E fechar os olhos assim é um desafio, porque sabemos que não encontraremos só vitórias, prazeres e alegrias. Mas, apesar disso,  podemos nos deparar com aprendizados muito valiosos que nos sustentarão para usufruir a liberdade de um novo ciclo desamarrado do passado, sem no entanto, negá-lo. 
Neste período entre 56 e 63 anos, temos a oportunidade de reconsiderar nossas metas de vida e refletir mais profundamente sobre nossa missão e lançar a pergunta: O que ainda está por realizar? 
Neste momento de se preparar para os próximos setênios, também podemos nos retirar da posição de rei e rainha e deixar os outros assumirem esse papel, nos colocando em segundo plano para quando formos requisitado. Esse recolhimento abre espaço para que o novo na vida venha a surgir e que a sabedoria conquistada com a experiência possa ser depurada, para que seu extrato possa servir aos outros.
Essa época traz, enquanto imagem, o final do outono e o surgimento  do inverno, quando as forças exteriores começam a minguar e deixam de ser evidentes porque há uma concentração no interior, e essa concentração é que permitirá uma primavera ainda mais potente.
E se este momento propicia começar a se preparar para dar o que recebeu,
quais são as sementes que quer ver florescer  no novo ciclo ? 

Olivia Gonzalez
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal e floral

Bibliografia:
Biografia e psique, Rudolf Treicher
Biografia e doença, Angélica A. Justo e Gudrun K. Burkhard

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ser Solar - Micael


Para levar o Impulso da Antroposofia para o Mundo é necessário por parte dos antropósofos muita coragem e também humildade para pedir auxílio para o mundo espiritual, e assim resolvi escrever esse texto sobre o Arqueu Micael, ser pertencente às hierarquias angelicais, que nos ajuda com a tarefa acima, agora no fim da época da sua Festa deste ano.
Arqueu Micael, regente do Planeta Terra da nossa época, quinta época Pós-Atlântica, a Alma da Consciência, desde o ano de 1879, que é representado através de uma imagem de um Anjo guerreiro com o dragão sob seus pés, dominado, e, em uma das mãos a lança e na outra mão, uma balança.
O que isso significa nos dias atuais?
Todos nós vemos hoje no mundo muito egoísmo nas relações humanas, a ciência natural como regra, máquinas executando trabalhos, que antes eram executados por pessoas, teses negando a existência do espiritual em nós e no mundo, meios de comunicação passando as “fake-news”, assim podemos dizer que, essas situações apontadas acima, são os nossos dragões modernos, todos nós estamos sob as influências Luciféricas-Arimânicas.
Por isso urge no Mundo que, nós, como também o maior número de pessoas, deixemos ser permeados pela influência benéfica, positiva e corajosa do Ser Solar Micael, afim de que,  nossos atos estejam a serviço das hierarquias regulares, e ainda mais a serviço de promover os ensinamentos deixados pelo Ser Solar Maior, o Cristo.
Hoje, como Micael, também temos que dominar estes dragões modernos, os deixando também aos nossos pés, mas para isso temos que ter coragem, para enfrentar tudo que vem ao nosso encontro sob a influência das forças adversas, coragem para dizer não ao caminho mais fácil e inconsciente, desprezando valores morais e éticos com o objetivo de obter uma felicidade passageira ou facilidade momentânea. Padre Fábio de Melo nos diz: “Muitas vezes nós trocamos preciosidades por desimportâncias.”.
Cada vez mais, somos convidados a agir no mundo com consciência, acordados, e sob a influência de Micael, para a prática de atos cada vez mais humanos, sem violência, respeitando a todos os seres da Terra, sejam eles: humanos, animais, vegetais, minerais e elementares, nossos atos devem ser mais éticos e morais em todos os âmbitos da nossa vida e, de um modo maior observando em cada ato praticado a Lei deixada pelo Cristo: “Ame a Deus e a teu próximo como a ti mesmo”, em liberdade”.
Aí está a balança de Micael, ele não nos obriga a nada, vivemos em liberdade, ele somente carrega a balança, sob o seu olhar atento, e com ela,  Micael pesa os nossos atos, se estão de acordo com as metas de desenvolvimento da humanidade,  ou não, segundo as hierarquias superiores.
Como diz o verso de Micael deixado por Steiner, “Temos que erradicar da alma do todo o medo e terror que o futuro possa trazer ao homem.”... ”Em verdade nada terá valor, se a coragem nos faltar. Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.”
Assim, é necessário e urgente nossa aliança com o impulso micaélico para a atuação no social, temos que estar em harmonia com o guia da humanidade, pedindo a ele, sempre, coragem e sabedoria no agir, com a finalidade de contribuir para o bem, e assim para a evolução da humanidade que somos todos nós.
Sergei Prokofieff em seu livro sobre a vida de Rudolf Steiner escreve com muita propriedade sobre o tema: “Em nossa época, Micael atua dentro da esfera terrestre com a qual se uniu em 1879 influenciando os acontecimentos terrestres entre os homens, especialmente no âmbito social. Nessa esfera se realiza a luta de Micael com o dragão, da qual agora também os homens têm de participar, pois vivemos na época da liberdade e o resultado dessa luta está em primeiro lugar, nas mãos do homem. Por isso, em nossa época da liberdade é importante reconhecer o motivo pelo qual a situação se tornou crítica e devemos nos conscientizar com a máxima seriedade de que não só os homens dependem dos deuses, mas também os deuses dependem dos homens.”.
Com a influência Luciférica-Arimânica sobre o homem, sobre os meios de comunicação, indústrias, políticas públicas, escolas, temos cada vez mais de nos unir a este Ser Solar, e prestar um serviço  para o  que é bom, belo e verdadeiro, através das nossas atitudes.
E que esse nosso atuar no mundo seja para o progresso de toda a humanidade.
Pedindo auxílio, coragem e o discernimento necessários para trilhar o caminho do meio deixado pelo Cristo, mas sempre sob a proteção e o impulso dele, Micael.
Para finalizar, eu coloco sempre para ilustrar o texto, uma poesia contemporânea.

A Palavra - Chimarruts

Somos guerreiros sem armas
Usamos apenas a palavra
Que vem como fogo do céu
Que vem como a força do mar
Que brilha feito a luz do sol
Impossível de se apagar.
Nossa missão: pregar a paz, felicidade e o amor
Alegria em todo lugar
E fé no Criador
Por isso é preciso coragem
Sabedoria e ter humildade
Ser puro de coração
Dar o braço a quem pede a mão.
Sim, eu sei que virão dificuldades
Mas existe alguém que toma conta de nós
Derrubar mentiras e vaidades
Mostra ao mundo o caminho da verdade.
"Há mais de 2.000 anos nascia um Homem
Que dividiu pensamentos e sentimentos
Príncipe da Paz, que veio à terra pregar o Amor
Jamais usou a força para dizer quem era,
Usou apenas a palavra."

Rita Paula Wey Nunes da Costa


domingo, 3 de novembro de 2019

À vontade


Quem não sabe introduzir a sua vontade nas coisas, 
introduz nelas pelo menos um 'sentido': quer dizer,
 acredita que existe já ali dentro uma vontade (princípio da 'fé').
F. Nietzsche

Na abordagem do desenvolvimento humano, pelo prisma antroposófico, três âmbitos são enfatizados para que, em equilíbrio (dinâmico), sustentem a saúde do ser humano.
Pensar, sentir e querer são os aspectos que paulatinamente vamos desenvolvendo em cada um dos três primeiros setênios e, pela vida afora, vamos (ou deveríamos ir!) lapidando.
Na jornada do desenvolvimento desses três aspectos, o querer é a primeira a merecer nossa dedicação.
A vontade que pode nascer como capricho pode se tornar uma aspiração. Como conduzir esse processo?
Ali no primeiro setênio da nossa existência, em que vamos nos deparando com o mundo, estamos cheios de vontade para explorar nossos sentidos e o que nos rodeia. Somos despertados pelo movimento das nossas mãos e depois descobrimos o que podemos fazer com elas!
E não é de surpreender que a criança no primeiro setênio, no processo de aprendizagem por imitação, "julga o adulto pelo que ele é capaz de fazer, e não pelo que sabe intelectualmente.[1]"
A importância dessa fase da vida se revela por muitos motivos e por isso mesmo nos permite explorá-la em tantas direções.
No descobrimento de nossas mãos e na percepção do que o adulto faz, podemos nos deparar com o impulso da vontade despertando e nos movendo em direção ao que queremos.  
E, com tantos estímulos ao redor, naturais ou provocados, a criança nessa época se move principalmente pelo querer, pela vontade. E ela quer tudo! E isso mostra o interesse pelo mundo, pelas pessoas, pelo alimento e coisa e tal. Até que na ânsia desse querer, sem o devido limite, ela se excede e começa a perturbar o próprio desenvolvimento.
Daí a necessidade de educar o querer da criança.
A força ativa de seus membros é mobilizada pela sua vontade, e as atividades que envolvam movimentos como rasgar papéis, subir em árvores, por exemplo, são vivências educativas da vontade.
O mesmo impulso para lidar com suas atividades lúdicas demonstra a força com que enfrentará suas dificuldades no decorrer da sua existência.
Sua vontade não é consciente nesta etapa da vida e não deve ser impregnada de conceitos teóricos. E como a criança ainda não sabe avaliar o que é bom ou não para si mesma, precisa da medida de um adulto responsável para orientar seu bem estar e desenvolvimento saudável, o que pode fornecer sustentação para lidar com sua vontade futuramente.
As etapas da vida não se separam a não ser didaticamente, para que possamos compreender o desenvolvimento, porque o que foi vivido permanece na sua existência impulsionando outros gestos, outros sentimentos e outros pensamentos. Daí a importância do autodesenvolvimento, para a ampliação dessa consciência de si, para reconhecer o quê, como e para onde nossas vivências nos impulsionam e, a partir disso, não só resignificar, mas também através do exercício dessa vontade consciente, desse querer vigilante, metamorfosear o impulso e 'tomar a vida nas próprias mãos', como nos sugeriu a Gudrun Burkhard, no título de seu livro, tratando do processo biográfico.
Para quê trago esta reflexão ? Para dirigir a atenção para o mundo que queremos criar, para as relações que queremos vivenciar, para o propósito do que queremos. Sem que nossa vontade atue, não daremos o próximo passo, não nos direcionaremos para as nossas metas.
Como nos trouxe Steiner:
'Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.'
A convocação no encerramento do Verso para a época de Micael é um chamado de grande importância e, como está citado, implica numa condução da vontade, diariamente.
Para onde tem dirigido o impulso da sua vontade ?

Olivia R S Gonzalez, com vontade de colaborar com processos de desenvolvimento, atua como
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal e floral, e coordenadora do Espaço terapêutico Movimentos.



[1] Bernard Lievegoed, em Desvendando o Crescimento.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O conhecimento do ser humano e a inclusão do aspecto temporal da vida


Sob o ponto de vista da Biografia Humana,só podemos avaliar de forma correta sua ESSÊNCIA, se nos tornarmos capazes de integrar tão quão vivamente no TEMPO quanto costumamos integrar-nos no espaço.
Um exemplo: ao observamos o relógio – pela manhã, pela posição dos ponteiros  nos orientamos sobre o TEMPO mediante algo ESPACIAL. Depois consultamos o relógio ao meio –dia e, novamente faremos nossa orientação do tempo para o espaço do elemento espacial nós concluímos a respeito do tempo.
Se na educação de uma criança, o meio lhe proporciona uma disposição para a Reverência ,e que esta é justificada pelo caráter de um  adulto  ;o que poderíamos observar nesta criança quando adulto?
Um ser que apresenta disponibilidade para consolar,de forma natural, e de apoiar outras pessoas em situações dolorosas de vida. Muitas vezes nem sequer estão ligadas esta ações a um aprendizado, trata-se do timbre de voz, a maneira como falam.
Se formos analisar sua Biografia, descobre-se que na idade infantil ela praticava uma reverência especial, uma grande estima pelo adulto.
Essas particularidades só são desvendadas quando aprendemos a viver com o TEMPO, da mesma maneira como nos tornamos habituados com o espaço.
Se compararmos o ser humano com o animal, descobrimos que o animal, logo ao nascer já possui todas as habilidades vitais necessárias à sobrevivência. O ser humano nasce desprotegido, necessitando, por meio do contato com o mundo externo, desenvolver suas habilidades.
‘’Isto se deve à circunstancia de que o mais importante em sua BIOGRAFIA TERRESTRE é a fase intermediária entre a infância e a velhice, num sentido mais amplo’’.
O período da MATURIDADE, é muito importante pois o ser humano adapta sua natureza à vida exterior mediante à aquisição de habilidades.
Ao se observar este caminho da vida humana mediante uma integração do aspecto TEMPORAL, chega-se também  à observação de anormalidades.
À medida que nós chegamos à velhice, é principalmente nossa organização da cabeça que perde sua mobilidade interior, sua plasticidade. Nós nos tornamos endurecidos; e todas as faculdades que adquirimos ao longo da vida se tornam mais anímicas, mais espirituais na velhice. Contudo isto ocorre à custa de uma animalização de nossa constituição cefálica.
Nós nos tornamos mais físicos, tal qual o animal o é desde o início. O crânio está rígido, nós nos ligamos mais com o que nos liga de modo ANÍMICO ESPIRITUAL ao mundo exterior.
Fato este que que é peculiar, porém  quando o ser humano inclui demais no final de sua vida na etapa intermediária, surgem os relacionamentos anormais com o mundo exterior. Quando ele vai na direção oposta, transferindo para uma fase posterior, algo que pertence à infância, ocorre uma resposta à nível orgânico.
O ser humano não observa, no sentido atual da civilização, esse elemento TEMPORAL.
Imaginação, Inspiração e Intuição são os métodos cognitivos específicos da ANTROPOSOFIA, DEVEM SER INTEIRAMENTE BASEADOS na vivencia temporal.
Ao meditar, nós não nos entregamos às impressões sensoriais e sim à vida de pensamentos, no entanto esta precisa ser conduzida; a  essência do meditar é chegarmos no mero tecer dos pensamentos com a intensidade e vivacidade existente na vida sensorial exterior.
Quem se prepara para a IMAGINAÇÃO por meio da meditação nem sequer corre o risco de tomar como imagens reais o que ele mesmo cria,consiste no fato de ficarmos livres de ilusão.
A etapa seguinte a INTUIÇÃO consiste em adquirir a capacidade de fazer com que tais imagens -  fascinantes e que se não orientadas se afixam como parasitas, desapareçam totalmente da nossa Consciência; a meta é manter o livre arbítrio interior.
E a INSPIRAÇÃO, consiste em conseguirmos experimentar de forma consciente algo do mesmo modo como, de maneira inconsciente, experimentamos no momento de acordar. Assim como no momento de acordar, invade nossa vida anímica  a vigília algo do âmbito situado além dela, advém algo além da experiência sensorial.
Desta maneira vivenciamos o mundo Espiritual situado atrás do mundo Sensório. A aquisição de tais capacidades para o conhecimento supra sensorial pode ser considerada uma continuação das capacidades que  o ser humano possui em sua vida comum; e a ANTROPOSOFIA visa a fazer com que tais capacidades possam ser desenvolvidas. Contudo,ela precisa apoiar-se totalmente no que o ser humano adquire pela compreensão TEMPORAL dos cursos da vida e da existência.

Rosana Torlay
FONOAUDIÓLOGA
TERAPEUTA DO MÉTODO EXTRA LESSON

BIBLIOGRAFIA
STEINER,RUDOLF,1861-1925
O desenvolvimento saudável do ser humano: uma introdução á pedagogia e à didática Antroposóficas/
ISBN 978-85-98134-07-9

Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

Casa da Antroposofia ZN Rua Guajurus, 222 Jardim São Paulo (11) 35699600