Sob o ponto de vista da
Biografia Humana,só podemos avaliar de forma correta sua ESSÊNCIA, se nos
tornarmos capazes de integrar tão quão vivamente no TEMPO quanto costumamos
integrar-nos no espaço.
Um exemplo: ao observamos o
relógio – pela manhã, pela posição dos ponteiros nos orientamos sobre o TEMPO mediante algo
ESPACIAL. Depois consultamos o relógio ao meio –dia e, novamente faremos nossa
orientação do tempo para o espaço do elemento espacial nós concluímos a
respeito do tempo.
Se na educação de uma criança, o meio lhe
proporciona uma disposição para a Reverência ,e que esta é justificada pelo
caráter de um adulto ;o que poderíamos observar nesta criança
quando adulto?
Um ser que apresenta
disponibilidade para consolar,de forma natural, e de apoiar outras pessoas em
situações dolorosas de vida. Muitas vezes nem sequer estão ligadas esta ações a
um aprendizado, trata-se do timbre de voz, a maneira como falam.
Se formos analisar
sua Biografia, descobre-se que na idade infantil ela praticava uma reverência
especial, uma grande estima pelo adulto.
Essas
particularidades só são desvendadas quando aprendemos a viver com o TEMPO, da mesma
maneira como nos tornamos habituados com o espaço.
Se compararmos o ser
humano com o animal, descobrimos que o animal, logo ao nascer já possui todas
as habilidades vitais necessárias à sobrevivência. O ser humano nasce
desprotegido, necessitando, por meio do contato com o mundo externo, desenvolver
suas habilidades.
‘’Isto se deve à
circunstancia de que o mais importante em sua BIOGRAFIA TERRESTRE é a fase
intermediária entre a infância e a velhice, num sentido mais amplo’’.
O período da
MATURIDADE, é muito importante pois o ser humano adapta sua natureza à vida
exterior mediante à aquisição de habilidades.
Ao se observar este
caminho da vida humana mediante uma integração do aspecto TEMPORAL, chega-se
também à observação de anormalidades.
À medida que nós
chegamos à velhice, é principalmente nossa organização da cabeça que perde sua mobilidade interior, sua plasticidade. Nós
nos tornamos endurecidos; e todas as faculdades que adquirimos ao longo da vida
se tornam mais anímicas, mais espirituais na velhice. Contudo isto ocorre à
custa de uma animalização de nossa
constituição cefálica.
Nós nos tornamos mais
físicos, tal qual o animal o é desde o início. O crânio está rígido, nós nos
ligamos mais com o que nos liga de modo ANÍMICO ESPIRITUAL ao mundo exterior.
Fato este que que é
peculiar, porém quando o ser humano
inclui demais no final de sua vida na etapa intermediária, surgem os
relacionamentos anormais com o mundo exterior. Quando ele vai na direção
oposta, transferindo para uma fase posterior, algo que pertence à infância, ocorre
uma resposta à nível orgânico.
O ser humano não
observa, no sentido atual da civilização, esse elemento TEMPORAL.
Imaginação, Inspiração
e Intuição são os métodos cognitivos específicos da ANTROPOSOFIA, DEVEM SER
INTEIRAMENTE BASEADOS na vivencia temporal.
Ao meditar, nós não
nos entregamos às impressões sensoriais e sim à vida de pensamentos, no entanto
esta precisa ser conduzida; a essência
do meditar é chegarmos no mero tecer dos pensamentos com a intensidade e
vivacidade existente na vida sensorial exterior.
Quem se prepara para
a IMAGINAÇÃO por meio da meditação nem sequer corre o risco de tomar como
imagens reais o que ele mesmo cria,consiste no fato de ficarmos livres de ilusão.
A etapa seguinte a
INTUIÇÃO consiste em adquirir a capacidade de fazer com que tais imagens - fascinantes e que se não orientadas se afixam
como parasitas, desapareçam totalmente da nossa Consciência; a meta é manter o
livre arbítrio interior.
E a INSPIRAÇÃO, consiste
em conseguirmos experimentar de forma consciente algo do mesmo modo como, de
maneira inconsciente, experimentamos no momento de acordar. Assim como no
momento de acordar, invade nossa vida anímica
a vigília algo do âmbito situado além dela, advém algo além da
experiência sensorial.
Desta maneira
vivenciamos o mundo Espiritual situado atrás do mundo Sensório. A aquisição de
tais capacidades para o conhecimento supra sensorial pode ser considerada uma
continuação das capacidades que o ser
humano possui em sua vida comum; e a ANTROPOSOFIA visa a fazer com que tais
capacidades possam ser desenvolvidas. Contudo,ela precisa apoiar-se totalmente no
que o ser humano adquire pela compreensão TEMPORAL dos cursos da vida e da
existência.
Rosana Torlay
FONOAUDIÓLOGA
TERAPEUTA DO MÉTODO
EXTRA LESSON
BIBLIOGRAFIA
STEINER,RUDOLF,1861-1925
O desenvolvimento
saudável do ser humano: uma introdução á pedagogia e à didática Antroposóficas/
ISBN
978-85-98134-07-9
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