quarta-feira, 24 de abril de 2019

A caminhada



Estamos no sexto setênio, marcado pelo período entre 35 e 42 anos. 
O arquétipo deste setênio, é o cavaleiro que anda ao lado do seu cavalo, demonstrando mais equilíbrio entre a razão e emoção. A caminhada agora, permite olharmos para uma parte da história já vivida.
Contemplamos o passado buscando identificar aprendizados para o presente e futuro. Entramos em contato com a nossa bagagem interna e com isto uma nova pergunta começa a emergir:
O que eu deixo e o que eu levo para a minha jornada daqui para frente?
Pensando que a vida é uma grande viagem e neste momento estamos como andarilhos. Este período nos convida para um momento de parada para sentirmos o que queremos de agora em diante.  
Este querer tem a ver com algo muito profundo em nós. Sim, é a nossa essência pulsando, querendo buscar o que realmente faz sentido, transcendendo os “têm que”, escolhas, papéis que foram construídos, seguidos e mantidos durante a vida e que talvez não caibam mais.

Pois é, chegamos na crise da autenticidade!  
Se olharmos a crise como um ponto de transição e desenvolvimento. Há aqui um grande desejo de liberdade, autenticidade em relação a si mesmo e com as próprias escolhas.
Cresce uma necessidade em viver de forma coerente com o que se acredita internamente. Questões existenciais começam a ficar mais intensas, pois após passarmos por algumas fases com mais foco no externo e no Ter, nosso Ser pede por mais espaço dentro de nós, para nos guiar até o nosso propósito.
Por volta dos 37 anos, a nossa missão de vida vai ganhando ainda mais clareza e potência. É comum neste período rupturas, seja na esfera pessoal e profissional, pois pode ser que o que fez sentido até o momento, não faça mais. Por outro lado, devido a um caminho já construído, a resistência a novos desafios pode surgir.      
Poderemos então fluir ou resistir, mas certamente neste setênio seremos levados a olhar e a ouvir o que está dentro. Certos incômodos podem surgir, já que este mergulho interno exige coragem, ou seja, agir com o coração para seguir uma nova trilha interna e/ou externa, norteada por novos valores.
E quando Jung diz:
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos.”
Fica forte para mim o quanto o autoconhecimento vai se tornando cada vez mais necessário para vivermos em conexão com quem genuinamente somos.

Andressa Miiashiro
Psicóloga e psicodramatista.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Para a travessia


"A vida humana consiste em três fases: vinte anos para aprender, vinte anos para lutar e vinte anos para atingir a sabedoria"
(provérbio chinês).

Cada momento da vida nos pede e nos dá coisas importantes. E saber reconhecer o que ganhamos e o que temos, pode facilitar lidar com aquilo que nos é solicitado.
Num processo de aconselhamento biográfico, quando é possível desdobrar as páginas da própria história e reconhecer as entrelinhas, podemos encontrar muitos desafios e, também, nos deparar com preciosidades.

Quantas vezes olhar para si mesmo gera um frio na barriga, dores de cabeça, vontade de fugir ? E, quantas vezes, depois de atravessar o percurso difícil, não nos deparamos com um cenário interno compensador, e nos orgulhamos da coragem e da persistência daquela penosa fase do caminho...? Se superar é de um prazer indescritível. Só de pensar, me vem um sorriso!

E lá, entre os 35 e 42 anos, temos um momento bem particular. Se, por um lado chegamos naquela época quando, dizem, a vida começa, por outro, nos deparamos com a diminuição da nossa vitalidade. Mas antes ou apesar disso, ninguém mais tem dúvida de que, de fato, nos tornamos adultos. Porque a esta altura do campeonato, como não poderia deixar de ser, temos a posse de nós mesmos e de nossas responsabilidades.

Estamos no período daqueles vinte anos destinados a lutar. Os últimos sete.

E por isso mesmo, nossa luta nesse período consiste mais em consolidar o que conquistamos. Daí pressupomos que algumas coisas já foram definidas, que já reconhecemos algumas conquistas e o lugar que ocupamos no mundo. Sim; embora não definitivamente, já que a vida é movimento e desenvolvimento.

E,  para que esse impulso se mantenha dinâmico, é que surgem  perguntas como: é para isso mesmo que estou aqui ? essa é a minha tarefa?

Ali por volta dos 37 anos, nosso ser essencial pode ser despertado, quando nos questionamos se o que estamos fazendo, da forma como realizamos é aquilo mesmo que nos preenche, aquilo que tem sentido na nossa existência. Qual é a intensidade do incômodo? Qual é a intensidade da sensação de que 'está faltando alguma coisa...'?! Essa é a medida que nos leva às mudanças que precisamos realizar.

Bem, para isso servem as nossas crises: para nos mobilizar para os ajustes necessários. Por isso mesmo são oportunidades tão ricas! Algo neste período nos desperta para buscar o que é essencial no mundo, no outro, em nós mesmos.  Algo que está por vir mais intensamente, mas que pulsa agora. Como um lembrete, como uma preparação. Preparação para a travessia do próximo portal, já que estamos nos últimos sete anos da fase da luta, como diz o provérbio chinês.

E agora, nesta fase, nossas habilidades sociais merecem um pouco mais de atenção, e precisamos nos esforçar para transformar a crítica em auto crítica,  fazer um balanço do que foi conquistado e de como conquistamos, e resgatar algo de valoroso que vivenciamos no começo de nossa existência, em família: a formação e constituição dos vínculos.
Neste momento se projetam as vivências - transformadas ou a serem transformadas -, já que nos são ofertadas condições para fazermos do nosso jeito, do jeito único que somos capazes de fazer e moldar as nossas próprias relações, uma vez que temos a posse de nós mesmos.

Isso tudo nos leva a rever as formas com as quais aprendemos a nos relacionar e a atualizar a nossa compreensão das 'coisas' vividas.
É hora de tomar nas mãos a rédea do que pensamos e sentimos, e assumir como nossa a orientação que queremos e que damos aos acontecimentos da vida, com o respeito que consideramos valer a pena, também, sermos tratados. Daí a imagem representativa desta época ser a do ser humano a pé, ao lado do cavalo.

Todos estes eventos, de importância mais interna do que externa, é o que nos impulsiona para a maneira como chegaremos no próximo portal da existência, aos 42 anos.
Se aos 21 anos atravessamos o portal do 'EU', como consciência individual, aos 42 atravessaremos o portal da consciência social. E que este último setênio nos contemple com boas oportunidades para desenvolvermos nossas habilidades sociais!

Olivia Gonzalez
Aconselhadora biográfica, terapeuta corporal, terapeuta floral e astróloga

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Seja bem vindo!

É um prazer encontrar com você.
Falando sobre nosso caminhar e uma atuação ativa, lembramos que os setênios dão ritmo, nuance e um pulsar no caminho biográfico que é tão único, porém tecido aos desafios da jornada humana.

Chegamos ao sexto setênio e nos deparamos com o momento da busca pela autenticidade: o que é nosso? O que vem da nossa alma?
Momento de olhar para o nosso plantio: podar, aguar e arear a vida.
Se você está vivenciando esse setênio traga-o mais perto do seu viver, busque seu tom, busque o que faz sentido para sua mente e seu coração.
Se ele ainda está por vir, sinta seu ritmo atual e plante, jogue suas sementes com sabedoria e ouvindo seu coração.
Se você já passou por ele faça a grande mágica: resgate-o!
Tenha coragem de se questionar, com muita atenção para não se deixar “engolir pelo automatismo”.
É um bom momento para iniciar com mais disciplina as práticas meditativas.
Agora tenho um convite: vamos respirar! Respirar nossa vida.
Toda atenção na expiração.
Expire lentamente pela boca, com um sopro longo - repita essa prática 5 vezes.
Depois pratique outras 5 vezes expirando com um suspiro.
Deixe o suspiro levar aquilo que não é seu.
Por fim escolha um pequeno conto de fadas, que faça sintonia com sua alma, leia e conte amorosamente para você.

(Precisa de uma sugestão? Aqui está: As três penas - Grimm).

Agradeço seu carinho em ler e praticar esse exercício.
Se quiser deixe aqui algum registro ou se preferir envie uma mensagem pessoal.
                                      Um abraço caloroso, Marcia.


Marcia Marçal – fonoaudióloga e contadora de histórias mm.fonoaudi@gmail.com

Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

Casa da Antroposofia ZN Rua Guajurus, 222 Jardim São Paulo (11) 35699600