A cada setênio que vamos vivendo, vai crescendo a
importância de cuidarmos do nosso desenvolvimento interior, lembrando-nos de
Sermos além do Ter, para assim vivenciarmos, por exemplo, a fase mística e
intuitiva do 9º setênio, marcado pelo período que vai dos 56 aos 63 anos.
Os sentidos físicos, que atuam como as janelas para o mundo
exterior, vão se recolhendo lentamente. Algumas capacidades vão se alterando: usar
os óculos se torna mais necessário, a audição começa a se reduzir, o paladar se
modifica. Sim, o declínio físico faz parte. A questão é como vamos passar por
essa fase da vida: brigando com ela ou fazendo as pazes e contemplando novas habilidades
que também nascem com a maturidade.
Cada setênio traz um convite para uma ressignificação e cada
crise, uma oportunidade. Cabe a nós escolhermos como atravessaremos nossa
jornada. Brigar e resistir é um caminho e contemplar as mudanças e fluir com
elas também é.
Pensando em uma jornada de desenvolvimento existencial, nesse
setênio colhemos o que plantamos nos setênios anteriores. Grandes obras da
humanidade foram criadas por pessoas acima dos 60 anos. Conforme vamos
envelhecendo fisiologicamente, as forças criativas, imaginativas, intuitivas e
espirituais vão se expandindo. Essas capacidades vão se ampliando conforme foram
lapidadas durante a vida.
Pode ser também um momento para aprender algo novo: aprendizagem
gera renovação!
É importante que se inicie, nos anos anteriores, a preparação
para um novo ritmo, cuidando do próprio tempo interno, aprendendo a apreciar as
pausas, o lazer, equilibrando o Ser e o Ter para que a chegada a essa fase possa
ser natural e leve.
Cada setênio nos aproxima de perguntas que podem nos ajudar
em nosso desenvolvimento. Compartilho algumas questões colocadas pela Dra.
Gudrun Burkhard no livro “Tomar a vida nas próprias mãos”, referente a essa
fase da biografia de cada pessoa:
“O que eu consegui realizar? Há ainda tarefas que eu
gostaria de completar, ou há outras a realizar?
Como eu lido com os meus empecilhos físicos ou doenças (se
é que tenho alguma)?
Existem relacionamentos com questões em aberto?
Como está a questão com a aposentadoria?
Tenho momentos de graça, sentimento de gratidão e alegria?
Sou capaz de perdoar?”
Andressa Miiashiro
Psicóloga, facilito jornadas de
desenvolvimento com foco em inteligência emocional e relacional, por
meio do Psicodrama, Comunicação Não Violenta e Antroposofia. www.lotustalentos.com.br
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