O
ritmo está presente em todas as esferas da vida, podemos observá-lo nas
estações do ano e até no inspirar e expirar da nossa respiração. O ritmo faz
parte de um movimento orgânico, fluido, harmonioso que, ao ser respeitado, nos traz
vitalidade e saúde.
Faz
parte do processo de autoconhecimento reconhecer e cuidar do próprio ritmo, para
isso é essencial nos observar e perceber o que nos faz bem e o que é saudável
para nós. É uma prática de autocuidado aprender a sentir e a ouvir as mensagens
sutis que nosso corpo nos dá, para que assim ele não precise gritar através do
mal-estar e da doença.
Nosso
corpo conversa conosco, precisamos silenciar e aquietar para saber o que ele
quer nos dizer. Nosso coração fica quentinho quando fazemos algo que nos faz
bem, aperta quando um algo contraria aquilo que é importante para nós. O corpo
também diz quando necessita de descanso, tentar negligenciar essa necessidade
básica certamente não será sustentável, pois faz parte do ritmo o equilíbrio natural
entre pausa e movimento.
Cuidar
do sono, do relaxamento, do trabalho, do estudo e da alimentação são formas de
se atentar para esta organização interior. Quando nos desconectamos dessa
ordenação, podemos passar por estados de ansiedade e estresse, como um pedido
do nosso corpo para voltarmos ao nosso eixo.
Sim,
há um desafio em equilibrar nosso ritmo interno com o ritmo externo, que muitas
vezes é ditado pela velocidade, pela alta performance e por uma produtividade
que beira a exaustão, na chamada “sociedade do cansaço” conforme muito bem descrita
pelo filósofo e escritor Byung-Chul Han.
Em
tempos nos quais cronicamente se diz “estou correndo” como um certo sinônimo de
status e sucesso, é sábio nos conectarmos com o nosso estado de presença, olharmos
para dentro e consultarmos se esse script externo está condizente com o nosso tempo
interno, com os nossos valores e estilo de vida.
Caso,
nessa pesquisa interna, você sinta que necessita fazer ajustes, novos combinados
com você mesmo e com quem está ao seu redor para encontrar a sua cadência, encontre
sua forma de fazê-lo.
Quanto
mais vivermos em sintonia com este pulsar que naturalmente se expande e se
contrai e nos mostra quando é tempo de ir e voltar, acelerar e desacelerar, encontraremos
nossa própria sinfonia.
A
fala de Brené Brow abaixo me faz lembrar o significado da palavra coragem, isto
é, agir com o coração, aquela parte em nós que vai nos guiando de forma genuína
para o que realmente necessitamos.
“Requer
coragem dizer sim para o descanso em uma cultura onde a exaustão é vista como
um símbolo de status.”
Andressa Miiashiro
Psicoterapeuta, orientadora de carreira e facilitadora de grupos.
www.lotustalentos.com.br
Adorei rescebeesta mensagem. Gostaria de continuar a receber
ResponderExcluirExcelente texto. Gratidão
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