Jung
"Se quiser
entender o mundo,
olhe para si
mesmo,
se quiser
entender a si mesmo,
olhe para o
mundo,
o Eu é a
ponte para o significado da existência."
Rudolf Steiner
Todos nós temos a tendência a nos
vermos como que separados do nosso entorno, dos outros, dos eventos, enfim do
que nos é exterior. Não nos entendemos como seres interligados e conectados,
fazendo parte de um mesmo grande organismo, onde cada um de nós é uma pequenina
célula do que chamamos de humanidade. Além disso não reconhecemos que o que
acontece fora de nós tem alguma correspondência com o que acontece dentro de
nós, são eventos pra nós estranhos, não nos dizem respeito.
Conhecendo a Antroposofia tomamos
consciência de que estamos todos entrelaçados num grande tecido e a
separatividade é uma ilusão que para que possamos nos diferenciar e nos
individualizar foi de certa forma necessária no processo de evolução da
consciência humana. Afinal quando não consigo me diferenciar do todo não é
possível o desenvolvimento da auto consciência. Porém chegou a hora de
resgatarmos essa sabedoria e percebermos a conexão que existe entre o mundo
exterior e o mundo interior. Se pertencem, estão em correspondência, sabendo
ler o externo à nós saberemos o está dentro e muitas vezes de forma
inconsciente. Um é reflexo do outro, e olhar o mundo exterior como o espelho de
nossas almas às vezes é bem desafiante. O caminho do auto conhecimento tem suas
curvas perigosas, neblina, cavernas e precipícios, mas também tem suas
montanhas com vistas incríveis, seus lagos com águas cristalinas e momentos de
curtir o vento nos cabelos... portanto olhemos pra dentro quando nosso entorno
nos apresenta pessoas corruptas, egoístas, mentirosas. Olhemos pra dentro e com
toda a sinceridade procuremos em que recôndito da nossas almas temos essas
características em nós mesmos... olhemos as pequenas coisas do dia a dia. Não
temos poder e talvez nem capacidade para transformar o nosso mundo exterior em
um mundo mais justo e fraterno, mas a pergunta deve ser onde e como posso ser
mais equilibrado, mais harmonioso e solidário nas minhas próprias relações?
Estou tratando as pessoas, minha cidade, minha mãe Terra como amor, com
delicadeza e fraternidade? É a partir dessa tomada de consciência, de cada um
de nós, que o espelho pode começar a nos mostrar uma imagem diferente e mais
bonita.
"Conhecimento verdadeiro de si
próprio só é dado ao ser humano quando ele desenvolve interesse afetuoso para
com os outros; conhecimento verdadeiro do mundo, o ser humano só alcança quando
ele procura compreender seu próprio ser."
Rudolf Steiner
Cristina Campedelli Melchert
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