Diversas
culturas antigas já consideravam a constituição do homem através de mitos e
lendas. Nelas eram sempre representados os quatro elementos primordiais da
unidade da natureza: terra, água, ar e fogo. Esses elementos, por sua vez, se
associam a constituição quádrupla da natureza do corpo humano. Como exemplo, na
mitologia dos índios guaranis, o Deus Tupã criou o homem por estátuas de argila
(terra e água), soprou-lhes vida (ar) e lhe deixou espíritos do bem e do mal
(fogo). Simbologias similares são encontradas na filosofia, na mitologia grega
e no Gênesis.
Compreender essa constituição quádrupla nos leva a entender antroposoficamente os processos de saúde e doença no ser humano.
O corpo físico (CF) tem imagem do reino mineral, sofrendo ação das leis da física e da química, e portanto sua dimensão é o espaço. Esse nosso substrato material, inicialmente determinado pela hereditariedade, sofre transformações em ritmo denominado setenal (a cada 7 anos), cedendo lugar as forças da individualização. É o único corpo acessível ao sensório do ser humano. Sua relação é com o elemento terra e o órgão-alvo é o pulmão. A qualidade da consciência deste corpo é o estado do sono profundo.
Um segundo corpo, denominado corpo vital ou etérico (CE), se opõe a característica de desintegração desse corpo físico. Sua capacidade vitalizante se espelha no reino vegetal e se manifesta através do elemento água. Sua metamorfose ocorre no segundo setênio e suas principais expressões são oriundas do crescimento, nutrição, regeneração e reprodução. Sua relação com a água faz do fígado seu órgão-alvo. Sua consciência é o estado do sono sem sonhos.
O terceiro corpo que compõe o homem e se ancora no corpo vital é o corpo astral (CA). Se relaciona com o reino animal e como tal é dotado de anima, de movimento e sensibilidade. Ele nos transmite a consciência do nosso corpo que se traduz pelos instintos (fome e sede), simpatia e antipatia perante os estímulos, sensibilidade (dor e prazer), catabolismo e excreções. Sempre se manifesta em polaridades e age pelo elemento da natureza aérea. Sua metamorfose ocorre na maturidade sexual, no 3o setênio. O sistema endócrino é expressão específica da atividade do CA. Do ponto de vista da consciência é o estado onírico, na medicina é o estado da alma. Seu órgão-alvo são os rins, que tem a função de astralisar as substâncias provindas da digestão.
O corpo vital e o corpo astral são percebidos indiretamente pela suas atividades. E todos os três corpos acima são permeados pelo organismo de calor através do qual age o EU humano, o quarto corpo da constituição quádrupla.
Surge o princípio espiritual do ser humano que escapa a qualquer observação física. Ele constitui a base da consciência vigil, permitindo a nós, seres humanos, pensar, falar e andar. Essas capacidades precisam ser conquistadas na nossa evolução terrena, o que nos permite adquirir autoconsciência e autorreflexão. Quem propaga o calor pelo nosso corpo é o sangue e quem lida com o movimento do sangue é o coração, o que o torna o órgão alvo dessa organização corporal.
Segundo a antroposofia a interação adequada e harmoniosa desses quatro níveis de organização corporal se traduz na saúde humana. O EU nunca adoece pois nele vivem as forças sanadoras que nos ajudam a superar os obstáculos da vida.
O que nos distingue uns dos outros é que cada um, devido ao seu EU, pode dominar seus instintos e impulsos e fazer suas escolhas, fruto da liberdade conquistada.
Um conto de fadas belíssimo e inspirador que representa simbolicamente a relação desses corpos é “os quatro músicos de Bremen”. Quatro animais, cada um representando uma das quatro organizações, deixou seus lares fugindo da morte em busca da cidade das pessoas livres. É um conto que fala da experiência do espírito humano, através da música, que é a harmonia das esferas.
Compreender essa constituição quádrupla nos leva a entender antroposoficamente os processos de saúde e doença no ser humano.
O corpo físico (CF) tem imagem do reino mineral, sofrendo ação das leis da física e da química, e portanto sua dimensão é o espaço. Esse nosso substrato material, inicialmente determinado pela hereditariedade, sofre transformações em ritmo denominado setenal (a cada 7 anos), cedendo lugar as forças da individualização. É o único corpo acessível ao sensório do ser humano. Sua relação é com o elemento terra e o órgão-alvo é o pulmão. A qualidade da consciência deste corpo é o estado do sono profundo.
Um segundo corpo, denominado corpo vital ou etérico (CE), se opõe a característica de desintegração desse corpo físico. Sua capacidade vitalizante se espelha no reino vegetal e se manifesta através do elemento água. Sua metamorfose ocorre no segundo setênio e suas principais expressões são oriundas do crescimento, nutrição, regeneração e reprodução. Sua relação com a água faz do fígado seu órgão-alvo. Sua consciência é o estado do sono sem sonhos.
O terceiro corpo que compõe o homem e se ancora no corpo vital é o corpo astral (CA). Se relaciona com o reino animal e como tal é dotado de anima, de movimento e sensibilidade. Ele nos transmite a consciência do nosso corpo que se traduz pelos instintos (fome e sede), simpatia e antipatia perante os estímulos, sensibilidade (dor e prazer), catabolismo e excreções. Sempre se manifesta em polaridades e age pelo elemento da natureza aérea. Sua metamorfose ocorre na maturidade sexual, no 3o setênio. O sistema endócrino é expressão específica da atividade do CA. Do ponto de vista da consciência é o estado onírico, na medicina é o estado da alma. Seu órgão-alvo são os rins, que tem a função de astralisar as substâncias provindas da digestão.
O corpo vital e o corpo astral são percebidos indiretamente pela suas atividades. E todos os três corpos acima são permeados pelo organismo de calor através do qual age o EU humano, o quarto corpo da constituição quádrupla.
Surge o princípio espiritual do ser humano que escapa a qualquer observação física. Ele constitui a base da consciência vigil, permitindo a nós, seres humanos, pensar, falar e andar. Essas capacidades precisam ser conquistadas na nossa evolução terrena, o que nos permite adquirir autoconsciência e autorreflexão. Quem propaga o calor pelo nosso corpo é o sangue e quem lida com o movimento do sangue é o coração, o que o torna o órgão alvo dessa organização corporal.
Segundo a antroposofia a interação adequada e harmoniosa desses quatro níveis de organização corporal se traduz na saúde humana. O EU nunca adoece pois nele vivem as forças sanadoras que nos ajudam a superar os obstáculos da vida.
O que nos distingue uns dos outros é que cada um, devido ao seu EU, pode dominar seus instintos e impulsos e fazer suas escolhas, fruto da liberdade conquistada.
Um conto de fadas belíssimo e inspirador que representa simbolicamente a relação desses corpos é “os quatro músicos de Bremen”. Quatro animais, cada um representando uma das quatro organizações, deixou seus lares fugindo da morte em busca da cidade das pessoas livres. É um conto que fala da experiência do espírito humano, através da música, que é a harmonia das esferas.
Dra
Lucila Miranda Araújo
Pediatra,
com ampliação antroposófica
Fotógrafa
e atriz
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