quinta-feira, 17 de maio de 2018



As forças da vitalidade

A nossa fonte de vida é o nosso corpo vital ou corpo etérico, ele vive na repetição e no ritmo.
A vitalidade se expressa através do tempo, na alimentação regular, na respiração, enfim na repetição do igual.
O corpo humano é fisico-etérico, este é uma unidade composta pela corporalidade do universo e a corporalidade do homem, os dois se ligam desde o nascimento até a morte, onde então se separam.

Os processo fisiológicos e os processos dos nossos órgãos físicos assim como seu funcionamento, estão relacionados com este corpo vital, que se une a órgãos impares como  o fígado, sendo considerado o órgão da vida por sua capacidade regenerativa, esta propriedade se aproxima ao mundo vegetal. Em alemão, a palavra que designa o figado é "die leber", que vem de leben, que literalmente significa "o que faz viver", o mesmo ocorre com a palavra liver, em inglês, saída do "to live". Isto prova que em tempos antigos, os homens sentiam, ainda de modo instintivo, as relações entre este órgão e a vida.

O corpo etérico está determinado pela riqueza de ideias. É através do dinamismo, da vivacidade e do entusiasmo dentro de nós que somos capazes de realizar nosso propósito de vida na terra.Todo nosso comportamento se expressa diretamente na nossa vitalidade, pela crítica positiva, através do bom humor, onde a genialidade está em conservar o espírito de criança até a velhice, nunca perdendo o entusiasmo  e a conexão vinculada ao nosso pensar, sentir e querer.

Essa vitalidade plena está totalmente relacionada com a nossa saúde, basta comparar um recém nascido a um idoso para compreender que no recém nascido a vitalidade está em seu ponto máximo,  corpo é mole, elástico, plasmável, a consciência e o intelecto e todas a as atividades psíquicas ainda não estão desenvolvidas e a criança vive entregue a suas funções vitais e vegetativas, por assim dizer. No idoso, o corpo ressecado, desvitalizado e as funções biológicas são reduzidas e sujeitas a estados patológicos; em contrapartida, as faculdades mentais, a consciência e o autodomínio estão plenamente desenvolvidos, atingindo um ponto culminante na serenidade e na sabedoria contemplativa da velhice. 

Assim, nosso corpo etérico, ou de vida com as suas forças etéricas, de vitalidade guardam em si uma imensa sabedoria, que ainda está muito distante da compreensão total dos homens. Ironicamente, os homens tem, dentro de si próprios, essa mesma sabedoria, insconsciente, configurando seus órgãos. E um órgão cognitivo, um órgão de memória, órgão dos padrões comportamentais, um órgão de aprendizado, relacionados aos nossos hábitos mais profundos. Este corpo é a mente, constituído de ideias, portador de vida e de luz!

Cuidemos com muito amor da nossa vitalidade como Steiner sugeriu cultivando constantemente as artes, a beleza e a veneração, atentos a nossa qualidade de um pensar vivo, poético, mítico, belo e profundo, superando essa enxurrada de informações desconexas e inúteis onde as ideias precisam ser medidas nos sentimentos verdadeiramente humanos de amor, liberdade e sabedoria.


Ana Paula

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