Viver no Ritmo
Tal como a matemática o ritmo preenche muitos aspectos de
nossa vida, mas o que afinal é ritmo? Só consigo pensar nele na música, na
dança...mas, na vida?...
Originário do termo grego rhythmos designa tudo aquilo que
flui, que se move, que tem movimento regulado, assim está inserido em tudo que
diz respeito à nossa existência: o ritmo respiratório, o ritmo cardíaco, o dia
e a noite, o tempo, as estações do ano, etc.
Mas afinal, por que o ritmo é tão necessário à nossa vida?
Por que não viver livremente, fazendo o que se quer na hora em que se quer?
Viver no ritmo é viver em confiança, é viver em segurança.
É fácil perceber como nosso organismo se habitua ao ritmo
das refeições, do descanso, da higiene... de tal forma que, quando estas ações
não acontecem o corpo fica em alerta e, pode adoecer se não for adequadamente
atendido no seu ritmo biológico.
Mas há outros tipos de ritmo igualmente importantes.
Imagine-se, por exemplo, uma criança cujos pais não
respeitam os horários da escola. O que acontece diariamente com ela? Ora, ela
não sabe se alguém a vem buscar, não sabe se isto acontecerá a tempo de
almoçar... Bem, a insegurança toma conta de sua alma: o medo de ser esquecida é
grande, ela não confiará no que diz o adulto, não acreditará na bondade do ser
humano. Muitos sentimentos deste tipo invadirão sua alma que talvez não consiga
mais se acalmar para o aprendizado formal. Da mesma forma no intelecto:
aprender, ler, estudar sem pausa é como se sentar à mesa e comer sem parar...
até explodir.
Então viver com ritmo é viver regularmente, com pausas
entre as diversas ações. Nestas pausas o Ser Humano tem a possibilidade de
processar e se apropriar das atividades concluídas anteriormente. Sua individualidade
pode atuar nas conquistas, pode ser tudo aquilo a que veio, à sua missão. Isto
traz saúde ao corpo, à alma e ao espírito.
“Nossa vida é um ritmo.
É um contínuo pendular entre o compartilhar o acontecimento geral do mundo e o nosso
existir individual. “(Rudolf Steiner)
Elisabeth Koermandy
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