quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Onde encontramos o ritmo? 

        Não  poderia começar a falar de rítmo, sem antes olhar tudo que está a nossa volta  e nos perguntar, onde está o rítmo ? 
         O ritmo está presente em  nossas vidas  mesmo não nos  dando conta.  Tudo que nasce, cresce, se desenvolve e todos os processos vitais são rítmos.
         As plantas, por exemplo, cada qual faz a sua folha, sua flor, cor, sempre do mesmo jeito, com o mesmo formato, o que  pode variar é seu  tamanho, mas a rosa sempre será uma rosa.    
         O rio corre sempre na mesma direção, às vezes mais lento, às vezes mais rápido, ele muda sua intensidade de acordo com as influências que sofre, mas possui rítmo.
         O mar com suas ondas, maiores ou menores. O fogo que queima, aquece, dependendo de sua intensidade e sua forma, também nos mostra o ritmo.
         Temos o dia e a noite, os sete dias da semana, os setênios, os 12 meses do ano. O  tempo tem seu ritmo e está presente na vida de todos nós diariamente. 
E  para os seres humanos como o rítmo acontece? 
          No tórax temos o sistema rítmico, coração e pulmão que nos dá a vida. 
No abdome , pernas e braços, ou seja,  o sistema metabólico motor  fazem nossa vida ter movimento.
         No ventre da mãe, o embrião se desenvolve através de um processo intra-uterino com várias fases desde a concepção até o nascimento.
         Quando o bebê nasce  passa por algumas adaptações, até entrar no ritmo pelo qual seus pais o conduziram.  Com isto se formaram alguns rítmos, como as das mamadas, do banho, da troca de  fraldas, estes cuidados que parecem simples lhe dão confiança e segurança.
         Conforme a criança cresce, suas necessidades vão mudando, ela se torna autônoma, adquire movimentos de pernas e braços, aprende a se virar , ficar de bruços e erguer a cabeça. São treinos para aprender a rolar, sentar e engatinhar. 
São movimentos importantes que precisam ser conquistados para que  no futuro não tragam   sérios atrasos no desenvolvimento físico e intelectual da criança.
Os hábitos  fazem parte de um rítmo, que se criado desde cedo, conduzem a criança a uma saudável conquista. Escovar os dentes, tomar banho, pentear os cabelos, comer sozinho, são hábitos que  auxiliam em seu desenvolvimento. 
O ritmo diário dos hábitos fazem com que a criança se torne independente e é através do exemplo do adulto que ela vai vivenciar e aprender e dar sentido a tudo isso. Por tanto, é importante que os pais façam com as crianças as tarefas do dia a dia, assim terão a oportunidade de aprenderem naturalmente.

Sonia 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Reflexões sobre os RITMOS
Dentro da visão da Antroposofia, a percepção  sobre os ciclos ( em especial  os da Natureza), tem papel indispensável  para  a  compreensão da Saúde (ou ausência dela) nos seres vivos. Para esta reflexão, cuidei (pretensiosamente) de procurar relembrar de todos os ritmos de que eu já ouvira falar!... Em vão...Vamos ficar apenas com alguns. ( Falando nisso o Carnaval, às nossas portas, também faz parte de um ciclo de festas pré-cristãs).
Busquei algo desde o inicio dos tempos e me recordei dos Sete “dias”da Criação. Nossa limitada compreensão ( em termos de éons)  não nos permite “enquadrar” tal conceito dentro de nossos paradigmas  “terrenos”!  Talvez o calendário, o relógio, o termômetro, sejam os apoios mais utilizados pela Humanidade para recordar-nos dos ritmos: do ano, do mês, da semana,do  dia, hora e por aí vai. Deixando um pouco a “tecnologia” de lado, bem como as convenções humanas, o que restou, parece ser o assunto mais interessante para nós, ao menos neste artigo! A lembrança dos movimentos da Terra ao redor  de si mesma, e em torno do Sol (e Galáxia), nos aponta para uma sabedoria onde procuramos nos aprofundar. Os antigos caldeus já buscavam explicações para a compreensão do ritmo das Estações do Ano (fato, que nos tempos de hoje ousamos contestar a regularidade). Através das observações dos astros no céu, esse povo  não só conseguia prever o período de cheia dos rios, como também  foi ordenando  a Geometria.  E também os apontamentos sobre as 4 fases da Lua, acabaram sendo registrados nas tábuas das marés!

Sabemos que importa muito mantermos o permanente contato entre (nosso) Micro Cosmo e o Macro. Mas, como não reconhecermos, que o nosso coração, alem de ser um centro físico e um dos polos da alma, através de seu ritmo (sinusal) atende a uma sabedoria tão ordenada?  Parece que algumas enfermidades e até mesmo a nossa própria Personalidade, com suas interferências externas e internas, são capazes de alterar o compasso dos batimentos cardíacos. Ciclos biológicos podem acabar descompensados no caso de profissionais que trabalham em turnos irregulares. Ritmo e saúde andam juntos!
Os dicionários confirmam os sinônimos da palavra  RITMO: sucessão regular; cadência em intervalos periódicos de tempo. As definições nos fazem lembrar da ligação com a música, a poesia, e a distribuição das sílabas num verso, utilizando-se um parâmetro: a ‘sucessão’ dentro de um tempo. Por isso, vale recordar da Primavera , que acaba trazendo consigo após o tempo de Micael, os consecutivos festejos de Natal, Páscoa e São João, intermeados pelos equinócios.
Sem falarmos nos interessantes fenômenos das forças cósmicas que favorecem o plantio, as colheitas e determinam o florescimento em ciclos regulares, precisamos nos recordar dos períodos de acasalamento de animais para proporcionar o providencial nascimento da prole em épocas favoráveis a subsistência.
Sabemos que a base do metabolismo está ligada ao ritmo, vamos lembrar do respiratório; da alternância do fígado e vesícula  (diariamente as 3h e as 15h) ; do sono e vigília; da alimentação; ciclo menstrual e gestação dentre muitos outros.
A rotina saudável, com seus ritmos cadenciados torna-se base  educativa para as crianças pequenas e curativa para todos. Nem sempre  percebemos, mas Rudolf Steiner nos relembra dos ritmos na Biografia por meio do ciclo dos setênios, pontuando que todos nós vivemos fases que expressam  temas, experimentados por todas as almas humanas através do ciclo das existências.  

Ivani Lasco

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Tema do mês de Fevereiro : Ritmo



     Viver no Ritmo

Tal como a matemática o ritmo preenche muitos aspectos de nossa vida, mas o que afinal é ritmo? Só consigo pensar nele na música, na dança...mas, na vida?...

Originário do termo grego rhythmos designa tudo aquilo que flui, que se move, que tem movimento regulado, assim está inserido em tudo que diz respeito à nossa existência: o ritmo respiratório, o ritmo cardíaco, o dia e a noite, o tempo, as estações do ano, etc.
Mas afinal, por que o ritmo é tão necessário à nossa vida? Por que não viver livremente, fazendo o que se quer na hora em que se quer?

Viver no ritmo é viver em confiança, é viver em segurança.

É fácil perceber como nosso organismo se habitua ao ritmo das refeições, do descanso, da higiene... de tal forma que, quando estas ações não acontecem o corpo fica em alerta e, pode adoecer se não for adequadamente atendido no seu ritmo biológico.
Mas há outros tipos de ritmo igualmente importantes.

Imagine-se, por exemplo, uma criança cujos pais não respeitam os horários da escola. O que acontece diariamente com ela? Ora, ela não sabe se alguém a vem buscar, não sabe se isto acontecerá a tempo de almoçar... Bem, a insegurança toma conta de sua alma: o medo de ser esquecida é grande, ela não confiará no que diz o adulto, não acreditará na bondade do ser humano. Muitos sentimentos deste tipo invadirão sua alma que talvez não consiga mais se acalmar para o aprendizado formal. Da mesma forma no intelecto: aprender, ler, estudar sem pausa é como se sentar à mesa e comer sem parar... até explodir.
Então viver com ritmo é viver regularmente, com pausas entre as diversas ações. Nestas pausas o Ser Humano tem a possibilidade de processar e se apropriar das atividades concluídas anteriormente. Sua individualidade pode atuar nas conquistas, pode ser tudo aquilo a que veio, à sua missão. Isto traz saúde ao corpo, à alma e ao espírito.

“Nossa vida é um ritmo. É um contínuo pendular entre o compartilhar o acontecimento geral do mundo e o nosso existir individual. “(Rudolf Steiner)

Elisabeth Koermandy


Tema de Reflexão do Mês

Escolhemos um tema como base de reflexão que será iluminado por profissionais de diversas áreas segundo seu olhar e suas vivências. Colaborações e comentários são bem vindos!

Iniciativas Antroposóficas na ZN

Escola Waldorf Franscisco de Assis (11) 22310152 (11) 22317276 www.facebook.com/EscolaWaldorfFransciscoDeAssis

Projeto Médico Pedagógico e Social Sol Violeta (PMPSSV)

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