Com a celebração do dia de
São João em 24 de Junho vamos entrar na Época de João Batista, assim, quis
fazer um texto para homenagear essa individualidade tão grandiosa e importante
para o Cristianismo e para a Antroposofia.
Na época da vinda do Cristo
há dois mil anos, a humanidade estava cada vez mais enraizada em conceitos
pregados por falsos messias, e a religião totalmente adormecida para o espiritual,
reduzida a um templo burocrático aliado ao poder dominador da época.
Assim, podemos dizer que a
humanidade estava atravessando um deserto anímico.
João, primo de Jesus de
Nazareth, que viveu entre os Essênios, educado para ser sacerdote, atingindo
alto grau de iniciação passa a exortar: “Preparai o caminho”, “Mudai vosso
pensar”, “Arrependei-vos por que é chegado o reino dos céus”, para que a
humanidade pudesse perceber a existência do mundo espiritual e os ensinamentos
do Cristo, o Messias, que estava para vir, por isso ele também é conhecido como
a Voz que clama no Deserto, o deserto anímico da humanidade para que ela o atravesse
do antigo para o novo.
A Voz anuncia que a Palavra
se fará Carne e habitará entre nós.
Também dizia que ele deveria
diminuir para que o verdadeiro Messias crescesse.
Ele realmente clamava uma
mudança, em grego uma Metanóia, mas o que significa essa Metanóia: conforme o
Pastor João Torunsky da Comunidade de Cristãos disse em sua palestra “A trindade
e o impulso do batismo”:
“Metanóia significa a mudança, a transformação interior de uma
pessoa, de seu modo de pensar, de seu modo de ver o mundo, do seu caráter. João
Batista procurava despertar as pessoas para a necessidade da metanóia, de
direcionar a consciência para o divino, para valores de qualidades humanas.”
Portanto, uma mudança do
modo de pensar, para um pensar mais consciente, através do autoconhecimento, que
a humanidade deveria saber separar o essencial do supérfluo na vida, e também
ter a capacidade de auto julgar seus atos, e eles não serem mais atrelados às
leis e mandamentos externos, mas sim, fundamentado no que é ético e moral,
sermos verdadeiramente humanos.
João Batista somente
batizava pessoas adultas, e os que ele julgava preparados para esse batismo, para
essa mudança, por isso pedia que os seres humanos preparassem o caminho para poderem
mudar de um pensar antigo morto para um pensar vivo em consonância com as verdades
espirituais.
Pois, durante o batismo as
pessoas eram mergulhadas nas águas do Rio Jordão, e ficavam submersas por um
tempo até experimentarem o desprendimento do corpo etérico, através da
experiência de quase morte, e assim podiam reconhecer o mundo espiritual nesta
vivência.
Hoje, como estamos em plena
era da Alma da Consciência, iniciada em 1413, os seres humanos devem cada vez
mais desenvolver o autoconhecimento, por livre vontade, em total liberdade, sem
a forma do Batismo no Rio Jordão, o desprendimento do corpo etérico, agora,
conscientemente, seguindo os ensinamentos deixados pelo Cristo, a humanidade
deve diminuir o seu ego de homem velho, seus limites para dar lugar ao homem
novo, com o seu Eu Superior despertado a partir da força sanante do Cristo.
Assim
nos ensina Emil Bock:
“João continua sendo aquele que prepara
seu caminho. À medida que seres humanos aceitarem Cristo em suas almas, um novo
crescimento pode começar. O homem pequeno, encolhido, diminuto, dotado de ego
recebe a semente da nova grandeza. A antiga grandeza cósmica de João ressurgirá
um dia, quando seres humanos aprenderem a crescer para além de seus limites por
causa do Cristo neles.”
Para vivenciarmos a Época de
João Batista hoje, nós como humanidade, não podemos deixar de nos relacionar
com a tarefa da nossa época, a Alma da Consciência, nos abrir conscientemente
para as revelações do Mundo Espiritual, a vivência do Cristo no plano etérico,
e desenvolvermos cada vez mais uma clarividência consciente adquirida através
dos estudos da Ciência Espiritual.
O Profeta João Batista
clamava isso, ele representava ainda a sabedoria antiga, mas se deixou permear
pela nova sabedoria e passou a anunciá-la, que a os seres humanos despertem
para a consciência de um “Eu” individualizado pleno de sabedoria permeado com a
qualidade cristã.
Assim, quando, nós seres
humanos, damos um passo para esse autoconhecimento, o Mundo Espiritual pode se
revelar e emanar vida e força, então todos poderemos através do físico-sensório
reconhecer o mundo suprassensível, em liberdade, e dar um passo na nossa
evolução.
Para ilustrar o texto segue
um verso, de Ruth Salles, que congrega a nossa tradição de Festa Junina, com os
ensinamentos desse Profeta tão importante para a Humanidade.
“Aqui,
Na noite antiga de garoa e
frio fino,
Subiam balões de luz em
honra do primo de Jesus,
São João menino.
E, em nosso coração cada
balão,
Subindo rápido em linha
reta,
Era o próprio João Menino se
transformando em João Profeta.
Era o Profeta,
Que parecia o clarão da
madrugada,
Antecedendo a chegada do Sol
Nascente,
Da maior Luz:
O CRISTO JESUS”
Rita, que texto lindo .... um presentão .... grata
ResponderExcluirÉ estimulante receber seu comentário!
ExcluirParabéns Rita,texto para uma boa reflexão 👏👏👏
ResponderExcluirAgradecemos por sua participação
ExcluirEncantado! Gracias, Rita!
ResponderExcluirTambém agradecemos por sua participação
ExcluirQue texto maravilhoso para uma reflexão! Obr Rita!!
ResponderExcluirÉ estimulante ter retorno! Agradecemos.
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